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quinta-feira, 28 de junho de 2012

SENHOR, SENHOR!



5ª-feira - 28.06.2012 – Ano B
Evangelho - Mt 7,21-29
MOMENTO DIÁRIO DE PAZ

Irmão e irmã em Cristo.
         Vamos aproveitar para fazer uma autocrítica ou exame de consciência?         Que sentido terá para nós, participar da Missa, dos Sacramentos, enfim, da vida de Igreja?
         Lembro-me de uma música que diz: “Não adianta ir a igreja rezar e fazer tudo errado” que serve de advertência, uma vez que na realidade somos pecadores o que deve nos levar  com maior razão ainda, a buscar na Igreja o fortalecimento da fé e resistência ao pecado. Vale para todas as religiões!
         Que Deus abençoe a todos os que rezam e praticam as suas obrigações religiosas. Afinal, foi para isso que Jesus veio e ensinou, deixou o Evangelho, escolheu seus discípulos que se reuniam todos os domingos em grupos de cristãos para ensinar, aprender e louvar a Deus participando da Eucaristia e da Palavra. Esse encontro veio a se chamar Missa, cujo ato celebrativo é o maior sinal do católico.
         Entretanto, devemos levar em consideração que essa participação religiosa exige um sério comprometimento impondo aos fiéis uma vida e testemunho exemplar que deve se estender à toda a família.
Bem sabemos que nos dias de hoje muitos fogem às regras doutrinárias. Pode-se dizer que alguns levam uma vida dupla entre o que a Igreja ensina e a sociedade contagia, quando que o coerente  seria ter a mesma conduta cristã, fora ou dentro da Igreja.
Certamente que o principio é dado a todos os crentes católicos, mas o Evangelho se dirige aos seus discípulos que no caso não são os simples freqüentadores da Igreja, mas também e principalmente os seus dirigentes. A esses são dirigidos os versículos 21-22: Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?” “Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal”, diz Jesus.
Claro está que não basta dizer: “Senhor, Senhor!”. O que Jesus quer é que sejamos ministros sinceros, e ouvintes e praticantes de seus ensinamentos. Quer que a nossa fé seja firme como a rocha para que não fraqueje diante das adversidades da vida permitindo que qualquer “ventania, chuva ou enchente” abale as estruturas da nossa fé.  Tão forte que na eventualidade da recaída no pecado, encontremos em Jesus Cristo nas celebrações religiosas, espaço aberto para a busca da santificação.  
Afinal, Jesus ensina com autoridade, e essa autoridade deve ser respeitada. Respeitando-a, podemos clamar com todas as forças: “Senhor, Senhor!”.
Muita paz pra você.
Diac. Narelvi.

domingo, 24 de junho de 2012

AS FESTAS JUNINA E JULINA - NÃO PERMITAM QUE ELAS ACABEM!


 Junho . . .  Julho . . . Santo Antonio . . . São João . . . São Pedro . . .

Dois meses de festas alegres e contagiantes que antes tomava conta de todos os arraiais  com fogueiras iluminando as ruas, comidas típicas, pinhão, o quentão...

Aos poucos foram se concentrando em escolas e outros locais mais reservados, mas continuando com suas fogueiras a desafiar alturas, danças, cantos, pau-de-fita, mastros coloridos, pau-de-sebo, tudo envolvendo moças e rapazes, amigos, vizinhos, professores e alunos, namorados, a maioria com trajes caipiras fazendo alusão ao povo campestre.

Não faltavam as barraquinhas para a venda de quitutes, nem os foguetes e traques com seus estrondos misturando-se às músicas.      

E naquele ambiente aconchegante, decorado de bandeirinhas, alegravam-se adultos e crianças como se não houvesse diferença de idades, mas apenas pessoas animadas pelos nomes dos santos, a pular fogueiras, contando histórias, espantando o frio com o gostoso quentão, sempre destacando-se a dança da quadrilha com o casamento caipira e divertidos noivos diante de um não menos divertido padre, e sob o domínio controlador e autoritário dos pais dos nubentes que queriam ver bem consumado o casamento de seus filhos.

E naquela brincadeira sadia, como os rapazes gostavam de admirar e até desejar em namoro as meninas graciosamente vestidas de caipiras. Cada uma mais linda do que a outra. 

As mães, orgulhosamente apontando para os seus filhinhos que debutavam nas danças da quadrilha ou do pau-de-fita: “Olha lá a Carlinha” desafiando a mãe do lado que de pronto respondia: “E o nosso Pedrinho?” 

Os pais, então, cheios da masculinidade, queriam ver seus filhos vencerem o obstáculo da subida no ensebado mastro para demonstrar sua destreza e ainda conseguir o prêmio que lá no pico desafiava os concorrentes.

Que bela confraternização! Pena que parece estar diminuindo as iniciativas. Mas as festas caipiras ainda continuam apesar de algumas retrancas legais quanto aos locais e das ideologias negativas de crenças que incutem na idéia de muitos que as festas junina e julina são frutos “do demo” porque trazem danças e algumas origens de costumes pagãos, como se isso fosse pecado.

Já não vejo mais tais festas tendo por motivo principal uma comemoração religiosa, mas também  uma tradição que enriquece a cultura de um povo, sem distinção de credo ou raça, anima e reúne amigos e famílias onde as crianças e jovens são os que mais se divertem e aprendem a conviver em harmonia, tirando-os do enjaulamento dos computadores e de outros entretenimentos perigosos.  

Esperamos que as Escolas, Igrejas e  outras instituições filantrópicas e recreativas aproveitem sempre dessas datas dos Santos de Deus para a promoção das festas junina e julina oportunizando e colaborando com uma boa parcela na formação educacional, cultural, fraternal e sobretudo comunitária das novas gerações mantendo sempre viva as nossas festas caipiras. 


“Com a filha de João, Antonio ia se casar ...”
“Olha pro céu meu amor. Vê como ele esta lindo ...”
“Pula a fogueira Iaiá, pula a fogueira Ioiô ...”
“O balão vai subindo, vem caindo a garoa ...”
 Hoje é dia de São João.
Então, viva São João!
Diac. Narelvi

COMO CAPTURAR PORCOS SELVAGENS?

Esta historia  que circula por email, é uma comparação interessante, razão pela qual estou reproduzindo em meu  blog. . O seu alvo é o comunismo mas pode ser aproveitado para qualquer regime de opressão,  totalitário,  e também para quaisquer outras situações que tenham por objetivo tirar a liberdaede do homem.  Cuidado, pois, com os engodos que andam por aí! Diac. Narelvi

Você sabe como capturar porcos selvagens?

Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.

O professor perguntou ao jovem qual era o problema.

O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um “outro mundo possível”.

No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: “O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?”

O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.

“Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma
vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado.

Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo.” “Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade.
Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão.”

DESDE O VENTRE DE MINHA MÃE ELE TINHA NA MENTE O MEU NOME

 REFLEXÃO DOMINICAL – 24.06.2012 – Ano B
Is 49,1-6 ; At 13,22-26; Lc 1,57-66
Natividade de São João Batista, Solenidade

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

Como sente o seu conceito diante dos homens? Você nasceu no seio de uma família, cresceu, conviveu com pessoas, aprendeu sobre a natureza, sobre as ciências humanas, estudou e trabalhou, formou família; coisas boas e ruins possivelmente tenham acontecido em sua vida. De um jeito ou de outro durante vida você foi acumulando conhecimentos.
Mas tudo isso nem sempre é suficiente para uma autoafirmação e não poucas vezes ficamos nos questionando: Quem sou eu? Serei para mim e também para outros luz ou treva? Tenho sido útil?
Isaias dá uma resposta maravilhosa: Você, meu irmão, é uma criatura que foi predestinada para nascer e viver em plenitude.
Já pensou quantos espermatozóides disputaram o óvulo de sua mãe, mas somente um conseguiu entrar e nascer? Já parou para pensar que entre milhões você foi o espermatozóide vencedor? Só aqui já existe motivo suficiente para sentir-se orgulhoso de si mesmo.
Mas algo mais importante ainda aconteceu: Deus já sabia que você seria a pessoa que nasceria. E no momento da concepção você ganhou de Deus uma alma.  Antes de você nascer, portanto, Deus já o conhecia até pelo nome! “o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome”.
         Você deve se considerar uma pessoa feliz mesmo que as adversidades da vida prejudiquem um pouco os seus sentimentos e suas caminhadas, afinal, foi privilegiado com o nascimento e por se tornar Filhos de Deus.
.        Por isso Deus conta com você chamado de servo através de quem Ele será glorificado, e com certeza ante suas possíveis fraquezas lembrará dos tempos perdidos mas também de que Deus é justo, acolhedor e recompensará aqueles que conhecem o caminho de volta.

 2ª PARTE

         Vejam meu irmão e minha irmã, o que aconteceu com João.
         Deus se fez Jesus  Cristo o Salvador.
         E João, filho de Isabel e Zacarias, antecipou a missão de Jesus anunciando-o e pregando um batismo de conversão procurando não se expor a fim de deixar claro que ele, João, não era o Salvador, mas sim uma outra pessoa a quem não era merecedor nem mesmo de desamarrar as sandálias, referindo-se a Jesus.  
         Portanto, João também foi um dos que Deus conhecia pelo seu próprio nome,  já antes de nascer.
 Interessante entender que Isabel escolhera o nome de João para seu filho  enquanto que outros queriam chama-lo pelo nome do pai.  Isabel teima, insiste no nome que anunciou. Invocado Zacarias, temporariamente mudo, decide escrevendo numa tabuinha: “João é o seu nome”. De imediato Zacarias recupera a fala.

3ª PARTE
Irmãos e irmãs.
Somos todos contemplados pelo amor de Deus e pelo seu paternalismo divino, e igualmente Deus sabia que você nasceria e que desde antes da sua concepção era amado e querido por Ele. E Deus não muda o nosso direito à perfeição, à felicidade, à Salvação, mas deixa a nosso critério a escolha desse destino.
         João foi escolhido por Deus, mas permitiu que Isabel testemunhasse o nome do filho, que as pessoas de seus convívios opinassem pelo de Zacarias, e Zacarias opta pelo nome de João. Algo de profundo em seu sentimento o fez assim decidir.
         Firmeza na fé e leal conduta cristã é o que Jesus ensinou com o pensamento de Deus.  
         Na escolha do nome, da educação, da formação, da religiosidade, do caráter, da fé, mesmo que Deus tenha tido os seus propósitos a respeito de tudo isso e muito mais, com certeza nossos pais quando nos viram pela primeira vez, e nos também quando vimos os nossos filhos recém nascidos, pensamos: “O que virá a ser este menino?' É o tom da incerteza!
         E de fato, se olharmos atentamente para os homens e mulheres de hoje e de todos os tempos, constataremos que apesar do desejo de Deus sempre ter sido o mesmo direcionado ao bem, os caminhos que trilhamos muitas vezes são distorcidos. Juventudes belas, formosas e exemplares conflitam com juventudes descrentes, entregues às drogas, à falta de respeito aos pais, à falta de fidelidade a Deus, o mesmo podendo se dizer de tantos adultos e famílias decadentes ...
         Mas na lição de Jesus Cristo, os princípios divinos continuam os mesmos, as oportunidades para que se caminhe nos trilhos da justiça e do bem continuam, assim como mantidas estão as oportunidades para a reconciliação e retorno àquele mesmo tempo da simplicidade e santidade que nos foi dada por Deus.
O importante é não desistir. O maligno está por ai, vestido muitas vezes de santo o que nos leva a um cuidado redobrado nos nossos procedimentos e com as coisas de Deus, mantendo a fé na certeza de que Deus é misericordioso e sua mão sempre está sobre nós.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi 
  

domingo, 17 de junho de 2012

O REINO DE DEUS


REFLEXÃO DOMINICAL
11ª DTC – 17.06.2012 – Ano B
Ez 17,22-24; 2Cor 5,6-10; Mc 4,26-34
 
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

            A poética profecia de Ezequiel nos encanta pelo quanto Deus é decidido. Enquanto nós ficamos a mercê do vamos ver se dá, hoje não, amanhã talvez, Deus age  rapidamente e na sua história  mostra que sabe usar dos recursos naturais  para a sua obra. “Eu digo e faço!” disse o Senhor.
            Procura a matéria prima da melhor qualidade, investe estrategicamente bem para assegurar o resultado, e completada a edificação apresenta-a majestosa e acima de tudo, a sua estrutura traz segurança e o resultado  a sua utilidade para todos que nela procuram refugio.
            Essa é a inspiração que vem do cedro de onde Ele retira um broto, planta no melhor local, e faz crescer e produzir frutos sem que ninguém perceba, favorecendo as aves que nela pousam e fazem de abrigo, formam seus ninhos e suas ninhadas.
            Podemos ver nessa planta e nessa obra, a pessoa de Jesus Cristo profetizado de quem se esperava justamente todas essas realizações.

2ª PARTE

            A nossa vida é inspirada nas grandezas que Deus concede, pois que fomos gerados pelo maior dos criadores,  que nos deu um corpo e um a alma para que pudéssemos usufruir das benesses da vida, mas sem descuidar-se das raízes que nos prendem à mesma figueira de  Deus.
            E diante de tanta beleza nos entregamos ao sublime cheios de confiança conforme diz São Paulo, tão fortemente alimentados pela Graça de Deus a ponto de sentirmos desejo de deixar esta nossa moradia carnal temporária para viver a experiência do justos na Casa do Pai  onde tudo é muito mais belo e tranqüilo, usufruindo somente da espiritualidade celeste  onde tudo  é  melhor, tudo é paz, uma felicidade dão plena que nossa imaginação não pode ainda compreender plenamente. 
            A figueira assim como os nossos prédios,  terão maior ou menor tempo de vida dependendo da atenção que se dê a eles. Mas chegara o momento em que este mundo não será mais nosso e os nossos esforços serão medidos pela prática do bem e pela atenção que dermos aos nossos irmãos e, sobretudo, a Deus a quem devemos ser agradáveis a vida toda.

3ª PARTE

            A parábola do Reino de Deus é perfeita orientadora no sentido de que devemos saber plantar para poder colher bem os frutos.
            Muitas vezes o nosso trabalho é silencioso que o tempo pode até passar despercebido. E quantos estão por aí, homens, mulheres, jovens e crianças, cada um do seu jeitinho e sua vocação juntando alguns grãos da experiência e do amor para espalha-los de grão em grão nos  corações das pessoas até, por vezes, mesmo sem chegar nelas mas por gestos silenciosos, humildes e profícuos pelas boas obras, usando da oração, do serviço, da disponibilidade, da atenção aos carentes, da abertura de seus espaços para que todos possam compartilhar dessa grande Obra de Deus que nos foi entregue.
            E Jesus ainda melhora o conhecimento do Reino do Céu comparando com um grão de mostarda que mesmo sendo a menor de todas as sementes tem a força de se transformar numa robusta planta com espaço suficiente  para refrescar com sua sombra e fazer de seus galhos ninhos para os pássaros.
            Irmão e irmã, o Reino do Céu é maravilhoso. E tão acolhedor que já nos é permitido começar a viver a gloria celeste já aqui na terra, quando se vive em amizade, quando se tem uma vida religiosa sincera e vigorosa na fé, quando, enfim, conseguimos encontrar a felicidade em qualquer lugar ou espaço que os nossos olhos enxerguem e os corações sintam.    
            Esta vida é tão rica de bênçãos e graças que não é possível prende-la conosco pois que ela não é só minha, mas nossa assim como Deus não é somente meu, mas de todos. Os espaços estão em todos os lugares, nos lares, nas ruas, no trabalho, nas Igrejas onde bispos, presbíteros e diáconos tem o direito de exercitar os seus ministérios, e dever de  ensinar e dividir com o povo de  Deus os frutos da Santa Palavra que recebemos diariamente de Deus, formando uma só voz com todos os nossos irmãos crentes na mesma fé. 
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

sexta-feira, 15 de junho de 2012

SANGUE E ÁGUA ...





6ª-feira - 15.06.2012 – Ano B
Evangelho - Jo 19, 31-37
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
MOMENTO DIÁRIO DE PAZ
Irmão e irmã em Cristo.

Continuamos seguindo no Evangelho de João o sofrimento de Jesus na cruz.
Vivia-se ainda naquele dia da sexta feira, os costumes judaicos. Portanto, véspera de sábado que teria o seu inicio no por do sol de sexta feira e no sábado havia proibição de trabalhos e outros preceitos. Como então deixar os corpos crucificados ali, pregados durante todo o dia de sábado?
A morte para os crucificados viria naturalmente com a asfixia causada pela dificuldade de respiração.  Havia então necessidade de antecipar as mortes de Jesus e dos dois ladrões. Quebraram-lhes as pernas  provocando a falta de apoio do corpo e com isso, mais rapidamente deixaram de respirar e morreram antes do sábado. Mas com Jesus não foi preciso quebrar-lhe as pernas porque já estava morto. Mesmo assim, uma lança foi cravada em seu peito jorrando sangue e água.
       Essa atitude carrasca de ferir Jesus com a lança serviu para provar que efetivamente Jesus verdadeiramente morreu na cruz.  
            Não lhe quebrarão os ossos porque havia uma profecia a esse respeito que se pode retirar da fusão de Ex 12,46 e Sl 34,21:
            Jesus está vivo. Mas a realidade do seu sofrimento e morte é narrativa bíblica e faz parte da história de Jesus  que precisa ser lembrada inclusive por respeito ao que Ele passou para que nós pudéssemos chegar à reconciliação com Deus.
          Para os cristãos, principalmente católicos, o sangue e a água tem um significado que faz refletir sobre duas fontes de vida da igreja: os sinais da Eucaristia e do Batismo, dois Sacramentos indispensáveis para os cristãos para que o sacrifício de Jesus na cruz não tenha sido em vão.
Muita paz pra você.
Diac. Narelvi.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O VALOR DA AMIZADE




5ª-feira da 10ª Semana Tempo Comum – 14.06.2012 – Ano B
Evangelho - Mt 5,20-26
MOMENTO DIÁRIO DE PAZ

Irmão e irmã em Cristo:

Amizade, companheirismo e amor são virtudes e sentimentos que levam as pessoas a uma convivência feliz e harmoniosa.

Faltando os dois primeiros predicados o amor enfraquece ou até deixa de existir. Por isso que as expressões “amigo” e “companheiro” devem soar como “irmão”.

O próprio Jesus mostra o valor da amizade quando, já perto do seu martírio, em clima de despedida de seus discípulos reforça o mandamento do amor, enfatizando  que o amor se demonstra pela doação ao outro e faz uma das mais belas declarações de amor e amizade: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer (Jo 15, 12-15).

Sabemos que tudo o que fere qualquer dos mandamentos é grave e é pecado. Contudo, Jesus lembrando o que foi dito aos antepassados com relação a NÃO MATAR, classifica o agente do crime como réu condenado pelo tribunal, e compara com a ofensa moral dirigida  ao irmão (amigo) como gravidade tal que sujeitará o ofensor ao inferno.

E aqui lembramos da oportunidade da reconciliação pessoal para poder aproximar-se do altar para o recebimento da comunhão.

Não se pode comungar em estado de pecado, mas Jesus chama a atenção para uma condição indispensável para entrar em comunhão com Deus. Antes, diz, se você lembrar que algum amigo (irmão) tem alguma coisa contra você, primeiro vai procurá-lo , reconcilie-se com ele, e somente depois faça a sua oferta, a sua comunhão.

Reconheçamos a dificuldade que muitas vezes encontramos  de se reconciliar com o adversário, especialmente quando ele é o causador da ruptura, mas a humildade, a vontade de vencer o fracasso, e a confiança nos ensinamentos de Jesus, fortalecem e encorajam para o pedir ou oferecer o perdão.

Essa reconciliação é tão importante, que mesmo que o opositor rejeite perdoar ou ser perdoado, quem toma a iniciativa para a reconciliação e o arrependimento confessado a Deus, tira o peso da consciência e do pecado e purifica a alma.

Impossível, portanto, viver a plenitude do amor sem exercitar a amizade e o companheirismo.

Alias, quem reza a oração do Pai Nosso sabe muito bem da condição que impomos a Deus com relação ao perdão: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

A amizade e o amor salvam e fazem a felicidade dos homens.  

Muita paz pra você.
Diac. Narelvi

quarta-feira, 13 de junho de 2012

COMO ENTENDER DEUS E O MUNDO DESDE SEMPRE?

 4ª-feira da 10ª Semana Tempo Comum- Ano B - 13.06.2012
Evangelho: Mt 5, 17-19 
MOMENTO DIÁRIO DE PAZ

Irmão em Cristo.

Você certamente estará notando as mudanças de comportamento das pessoas, e acompanhando, também os das religiões.

Mas afinal, o que muda? O homem ou a religião, ou Deus?

É comum não somente ouvirmos falar, mas também darmos os nossos palpites sobre os usos, os costumes, a simplicidade do antigamente e a tecnologia, a ciência, a moral dos novos tempos. E desde nossos avós e antepassados ouvimos falar que “antigamente não era assim”, como também que  “as crianças são o nosso futuro” que pela mesma lógica nunca chega porque o futuro sempre estará à nossa frente.  
São compreensíveis as mudanças porque afinal, o homem evolui em todos os sentidos.  Nessa trajetória da vida não podemos negar os valores de outrora nem supor que o futuro sempre será melhor.  Então, busque-se o equilíbrio em Deus olhando para o passado  e projetando o futuro.

Uma coisa é certa: os valores humanos, o conhecimento do bem, do certo e do errado, sempre fizeram parte da humanidade. A direção a ser tomada, o caminho a ser seguido para se encontrar a felicidade, Deus nos deu a conhecer desde o início. Tenha certeza de que os desvios  e os passos errados são nossos.

O homem recorre a fontes escritas seja a Bíblia, Torá, Alcorão, Hadith, Tanakh, Talmud, Codificação Espírita de Allan Kardec ou outras literaturas conforme a crença escolhida para sentir-se com Deus, mas acabam quase todos convivendo com interpretações conflitantes, conceitos diferentes sobre Deus impondo-se por isto discernir com consciência e fé sobre qual religião seguir.

Outra coisa também é certa: Não existe um deus para cada um, nem para cada crença ou religião, assim como não existe um Céu para cada grupamento religioso. Deus é um só que o símbolo de Fé Niceno-Constantinopolitano, dos católicos e de todos os cristãos assim professa:  “Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da Terra. De todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; Gerado, não-criado, consubstancial ao Pai . . . ”.

Por mais que se diversifiquem as culturas e as religiões, os costumes de cada povo e nação, todos nós, um dia, nos encontraremos com esse único e verdadeiro Deus prestando as nossas contas e caberá a Ele decidir sobre os destinos escolhidos.

Daí, então, a necessidade da procura dentro dessa diversidade de costumes e comportamentos humanos, de um ponto comum entre os homens quando se tratar da busca de Deus.

Para os cristãos, Deus já está definido e reconhecido em Jesus Cristo que veio justamente para a unidade, corrigir as falhas primitivas mediante o perdão e aperfeiçoar os Filhos de Deus mediante a conversão para que todos possam fazer parte do mesmo Reino de Deus.    

Aos cristãos, então, a grande responsabilidade de anunciar Jesus para além das nossas fronteiras internas e externas, sabendo que enquanto a terra existir, não se permitira que nada seja mudado  daquilo que Deus  ensinou, “ nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra”, “ensinar os outros a fazerem o mesmo que nós cristãos fazemos segundo a doutrina de Cristo” conforme nos ensina o Evangelho de hoje.

Com essa prática entenderemos Deus e o Mundo, e o passado, presente e futuro fundir-se-ão num único tempo segundo a própria visão de Deus pela força do maior dos mandamentos: “Amai-vos uns aos outros”. 
Diac. Narelvi. Muita paz pra você.


DECLARAÇÕES DESNECESSÁRIAS


Testemunho de vida é uma coisa. Mas revelações desnecessárias sobre passados de pessoas  principalmente quando se escolhe uma ou outra informação mesmo que chocante, mas já ultrapassada e visivelmente já esquecida pelo tempo, não tem sentido.

Algumas televisões e revistas de vez em quando colocam no ar alguém "famoso" para contar partes da sua biografia e dela ouvir o que já estava programado para a entrevista, “algo  extraordinário” como por exemplo, suas aventuras amorosas ou conseqüências de violência sexual em alguma fase da sua vida, que não dignificam em nada o entrevistado. 

Faz-me lembrar aqueles coroinhas que na juventude com certeza gostaram de transar com o padre (pois até filmaram) e guardaram segredo para depois de maduros e o padre já velho, virem falar pra todo o mundo que “foram vitimas de pedofilia”. Lembra-me também de um documentário a respeito, de um senhor com mais de 60 anos de idade,  apoiado em bengala, entrevistado em frente a uma Igreja  num outro pais (Inglaterra ou EUA, não lembro bem), falando para a repórter mais ou menos assim: “quando fui menino, um padre me violentou aqui”! Que bobo, pensei, depois de velho vem desenterrar algo que talvez tivesse sido deprimente na época do acontecimento (talvez até voluntário), mas que na verdade, dava a impressão que a história o valorizava.  

Não sei da intenção de quem vem confessar intimidades publicamente nos meios de comunicações, nem consigo imaginar como algo que fosse necessário, pois muitas dessas pessoas tiveram uma vida toda  de luxuria, status social, riqueza  tão exuberantes nunca tendo-se ouvido falar que tivessem sofrido alguma depressão ou trauma psicológica por causa disso. Ao contrário, demonstram que tiveram uma vida feliz, cheia de prazeres, fama, transas  rotineiras, nominam alguns dos seus acompanhantes sem nenhum compromisso de namoro ou coisa séria, e sem nenhum resquício se sofrimento pelo que possa ter ocorrido no passado.  

Inegavelmente que violências físicas ou sexuais praticadas contra crianças ou adolescentes, e mesmo contra adultos, são lamentaveis e traumatizantes e seus causadores pessoas covardes e criminosas. Mas se o ato sofrido ficou claramente demonstrado que foi superado pelo tempo, que não prejudicou o seu comportamento social e profissional, inclusive com oportunidades voluntárias de  novas aventuras amorosas não violentas, exibições de erotismo e praticas de sexo, agenda de parceiros, vêm agora exibir essas facetas já sepultadas dando enfoque desmotivadamente a atentados violentos ao pudor de tantos anos, fazendo-se aparentar vitima sofredora, abrindo parêntesis para narrativas da trajetória de vida contando sobre algo que ela mesma conviveu com aparente naturalidade e  superação em todos os sentidos, deixando de falar do que fizeram por livre vontade  imoralmente e pornograficamente e seus  danos tão violentos à juventude.

Diferente são os depoimentos educativos dos que trazem a público testemunhos sobre dificuldades da vida, sobre vícios e outros atentados sofridos em sua infância, adolescência ou outra fase da vida, mas  com o objetivo exclusivo de ajudar, debater e orientar  as novas gerações, sem buscar piedade, justificativas ou projeção pessoal.  

Contar  em entrevistas programadas em qualquer meio de comunicação coisas assim, do passado, quem sabe até mediante elevado cachê de um lado e  a imprensa procurando alcançar melhor ibope, resolverá alguma coisa para o seu psique? Aliviará os sentimentos? Satisfará alguma vingança? Trará méritos? Não seria melhor procurar um psicólogo? Ou um dirigente espiritual em sendo religioso?

Com relação ao que narrou recentemente uma apresentadora a seu respeito na televisão  a quem também cabe o comentário acima, as opiniões foram muitas conforme se vê na internet, uns achando ótimo, outros péssimo dependendo da formação de cada um, mas chama atenção para algumas delas como: “Desnecessária: os assuntos tratados pela apresentadora deveriam ter sido levados à terapia, não à TV”;  “Apelativa: a guerra pela audiência de domingo proporcionou ao telespectador um espetáculo desagradável”
Diac. Narelvi

terça-feira, 12 de junho de 2012

SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO


 3ª-feira da 10ª Semana Tempo Comum- Ano B - 12.6.12
Momento Diário de Paz - Mt 5,13-16

Irmão em Cristo. Muita paz pra você.

            Quem somos nós neste tão grande mundão de Deus? Talvez alguém se sinta um  João ninguém perdido na imensidão.

            Mas se perguntarmos quem somos nós dentro dos nossos lares, da nossa cidade, da nossa sociedade, enfim, num espaço mais limitado que é  onde vivemos, com certeza a resposta será mais fácil porque neste caso nos incorporamos a um grupo mais intimamente ligado, onde todos somos testemunhas de todos. E nos tornamos todos importantes!

            Você pensou que é sal da terra? Luz do mundo? Sim, nos o somos! Jesus nos brinda com esses dois valores extraordinários.

Algumas vezes motivos nos levam a inibição. Temos medo de falar, de denunciar, de ensinar, de aprender ...

            Na narrativa de São Mateus, Jesus nos provoca  a assumirmos a nossa posição e condição de viventes. A sair do anonimato, da covardia, ou da falsa modéstia para desempenharmos o nosso papel de membros ativos de uma comunidade.

            Ser sal da terra e luz do mundo são desafios para os fortes e corajosos, para aqueles que têm , que tem ideal.  
           
O homem somente consegue viver bem em sociedade, e isso exige participação.

            Pense meu irmão no exemplo dado por Jesus: De que vale uma cidade ficar escondida atrás de um monte, ou ascender uma lâmpada e escondê-la debaixo de uma mesa, de uma vasilha, ou de um candeeiro? De que adiantará o sal se não for para salgar?

            A cidade somente será enxergada se estiver no tope da montanha onde será vista por todos. A Luz somente iluminará se estiver sustentada num ponto bem alto.

            Você pode. Você é capaz. Não sufoque a luz dos seus conhecimentos sabedorias, nem o amor ao próximo e a justiça que existem dentro de você. Fale! Denuncie! Defenda! Sustente a sua tese! Anuncie a todos a sua !

            Jesus quer que você faça brilhar a vossa luz diante dos homens para que as vossas boas obras sejam conhecidas e sirvam de exemplo e de estímulo aos seus próximos. E se cada um fizer a sua parte, todo o mundo será alcançado.

            Acima de tudo, seja sal da terra e luz do Mundo como Filho de Deus, como Cristão Católico, fazendo valer a suas vocações leigas e religiosas.  Tome-se apenas e antes de tudo, o cuidado de certificar-se na sua consciência se as suas ações estarão de acordo com a vontade de Deus.
Diac. Narelvi