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domingo, 29 de abril de 2012

SÁBADO OU DOMINGO SEGUNDO CID MOREIRA


RECEBI DE UM AMIGO VIA E MAIL UM CONVITE PARA LEITURA
E UM DESAFIO:
"Se tiver curiosidade para saber o que o Cid Moreira tem a dizer sobre  o Sábado do Senhor acesse este link  abaixo, e tire suas  conclusões e duvidas se realmente você segue os propósitos de Deus. 
Se deletar não será mais inocente, pois um dia alguém te enviou um email, e você se negou a ler. 
Assista preste atenção tire suas duvidas, pegue sua Bíblia e confira.
Que Deus Abençoe sua vida". (Omito o nome do remetente).
Como a nossa vida toda é um aprendizado, me senti desafiado pela mensagem, fiz uma recapitulação do que sei a respeito do sábado e domingo e passo a responder.
 Primeiramente, o sr. CID MOREIRA é um profissional da voz. E que voz maravilhosa ele tem! Não sei até onde ele se tornou um pregador religioso ou se é um reprodutor de textos mediante contrato gratuito ou oneroso. Existem comentários prós e contras. Espero sinceramente que ele tenha se tornado um homem verdadeiramente religioso. Aliás, possuo a narração dele do Novo Testamento como projeto e Distribuição de TV Line Comercial Ltda. 
       Narrar é uma coisa. Interpretar, é outra! No caso, agrada aos adventistas na contramão do cristianismo a questão do sábado.
Ao assunto:
Tudo o que ele fala sobre o SÁBADO no ANTIGO TESTAMENTO, pode ser aceito como verdade. Todos os cristãos sabem que o sábado era o dia santificado; que está nos Mandamentos da Lei de Deus, etc. etc. 
Tenho uma matéria no meu livro “Conhecer para não ceder aos atrativos protestantes” que está disponível no meu blog http://diacononarelvi.blogspot.com   e é só clicar sobre a figura da capa e direcionar para o item 26.  Recomendo  também  ver no meu blog, em “Por falar nisso”, um debate a respeito do que se aproveitaram do Pe. Fabio de Mello sobre o sábado.
Veja que o Cid dirige a sua fala mais para o “A ORIGEM DA GUARDA DO DOMINGO”.  Portanto, o que ele busca é desmoralizar o domingo, mais do que defender o sábado.
Sabemos que na Bíblia não consta expressamente “DOMINGO É O DIA DE GUARDA”. Quanto a palavra “sábado” surgiu depois visto que o sentido do descanso é um sétimo dia e não significava determinado dia da semana,  motivo pelo qual não precisaria recair necessariamente em nosso calendário semanal num sábado (se contar domingo como primeiro dia da semana), ou num domingo (se contar 2ª feira como o primeiro dia semanal), ou de domingo a domingo como um oitavo dia.
Aliás, em Lv  23, 36, fala num oitavo para oferecer sacrificio ao Senhor, indicando “que o espírito da lei (descanso e santificação) não se prende ao nome do dia".  Outros textos bíblicos fala no oitavo dia.
Levemos ainda em consideração que o gênesis foi escrito por Moisés pelo ano de 1.440 e 1400 aC. época contemporânea a saída dos israelitas do Egito e também ao decálogo[1]. Os sete dias bíblicos da criação do mundo não devem ser considerados ao pé da letra, e menos ainda de forma sequencial de 24 horas. 
  Mesmo assim, Deus de fato determinou o descanso no shabat no hebraico de Moisés.  “A palavra sábado deriva do latim sabbatum, que por sua vez deriva do Sabá hebraico (שבת, transliterado como shabāt), que designa o dia de descanso entre os judeus”[2]. Significa também dentre outros termos, “um dia de descanso”.
É inquestionável, então, que o sábado era de fato o dia de descanso dos judeus como marcado no Antigo Testamento.
ENTRETANTO, verdadeiramente, Jesus deu azo para o dia de domingo ao não se escravizar ao sábado. Os apóstolos, discípulos e os novos cristãos seguiram fazendo suas reuniões celebrativas aos domingos, dia da ressurreição de Jesus. Há mais de dois mil anos é assim.
Essa história do Cid dos pagãos adorarem o deus sol também é verdade, assim como verdade é que o imperador Constantino converteu-se ao cristianismo e “oficializou” politicamente falando, o domingo como o Dia do Senhor.
Aqui abro um parêntesis para ressalvar que, tenha sido a sua conversão sincera ou não, aconteceu e foi muito boa, pois quem sabe, se não tivesse sido assim, o cristianismo poderia ter sido sufocado naquela época, ou tornado as coisas bem mais difíceis ainda.
Portanto, a conversão de Constantino, sem dúvida, ajudou no crescimento do cristianismo colaborando para que hoje nós pudéssemos viver a doutrina cristã. Não somente os cristãos católicos, mas também os evangélicos que são ramificações do cristianismo e com eles também os adventistas são beneficiários indiretos de Constantino.
Mas, a verdade principal é que, muito antes de Constantino que viveu no ano 321 dC, desde os primeiros dias após Pentecostes, já se guardava os domingos. Jesus falou muito sobre o exagerado cuidado com o sábado. O fato do Concilio de Laudicéia realizado no ano 364 dC ter confirmado o domingo não desmerece o preceito. 
Por ouro lado, existem, sim, indicações bíblicas a respeito, que se não falam em domingo, falam do primeiro dia da semana o que dá no mesmo, além de documentos e testemunhos de que o domingo era respeitado como o Dia do Senhor, com celebrações da Eucaristia.
Algumas citações bíblicas sobre o sábado e o domingo: Mt 12,1-14; At 1,12; 20,7; Lc 6,6; 13.10-17; 23,53s; Jo 5,9-18; 7,21-24; 9,14-16; 19,31-42; 20,1-19.16-26; At 20,7; I Cor 16,2; Ap I, 10; Mc 16,2.  
Testemunhos: João (Ap 1,10) morreu aos 90 anos. Santo Inácio de Antioquia, no ano 107/110, diz aos cristãos de seu tempo que "de nenhuma maneira os cristãos devem sabatizar". São Justino, no ano 152/155, diz que os cristãos festejavam o primeiro dia da semana e não o sábado. (Apologia). E Tertuliano, lá pelo ano 200, diz que os cristãos festejavam o dia da Ressurreição de Cristo, que foi no domingo. A Didaché XIV (catecismo dos Apóstolos), que é um dos documentos mais antigos da era cristã, 1º século,  diz: “No dia do Senhor (no domingo) reuni-vos todos juntos para a fração do pão E dai graças (oferecendo a Eucaristia) depois de confessar os vossos pecados para que vosso sacrifício seja puro", além dos Papas desde São Pedro  contemporâneo a Jesus e seus sucessores ininterruptos, todos guardando o domingo (Pesquisar no meu livro e em tantas outras fontes).
Foi Jesus, sem dúvida alguma, que levou a guardar o domingo.  
E Jesus não é Deus? E se é Deus como de fato é, é o autor dos Mandamentos citados pelo Cid e por isso podia muito bem levar os apóstolos a guardar os domingos. Ou não podia????
Sabe, muitos costumes pagãos foram aproveitados pelos cristãos. Aproveitar desses costumes não significa ser como os pagãos.  
Quer um exemplo melhor do que a data do Natal? Não é o dia 25 de dezembro? Pois é justamente o dia da festa pagã chamada de Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invencível"), era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. O sábado era reverenciado pelos pagãos dedicando ao deus Saturno... Até os dias da semana têm sua origem em deuses e foi a Igreja Católica quem substituiu esses nomes de deuses por segunda, terça, quarta, quinta e sexta, mantendo somente domingo e sábado pelos seus significados.
Fala o Cid em autoridade humana. Mas depois da morte de Cristo, não foram os homens – Apóstolos, bispos, papas, discípulos - que continuaram com a missão até hoje?  Não foi aos homens por Ele escolhidos e seus sucessores que Jesus confiou a pregação do Evangelho e a direção da sua Igreja?
Quem fundou a igreja Adventista foi William Miller no ano de 1831 (há 180 anos) que pertencia antes à Igreja Batista e muito certamente descendente do catolicismo visto que todos os cristãos, por si, seus ascendentes ou antecessores, foram, antes, católicos.
Pergunto: Os ensinamentos dos apóstolos, dos bispos, dos papas e de tantos outros consagrados santos e historiadores desde o fundador Jesus até hoje (mais de dois milênios) foram errados? E das Igrejas Evangélicas? Certo só o que disseram William, a sua seguidora Ellen e o narrador Cid, e depois de saltitarem por outras religiões? Imaginem quantos erros já cometeram, inclusive por exemplo, com previsões de datas para o fim do mundo ... 
Ao que consta, o próprio fundador Miller não guardava o sábado, o que veio a surgir no adventismo com a mulher Ellen G. Shite ...
São alguns argumentos suficientes para compreender melhor o sábado x domingo.  
         Diác. Narelvi.


[1] http://www.gotquestions.org/portugues/Livro-de-Genesis.html
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A1bado

QUEM É QUEM NO CRISTIANISMO DE HOJE?



REFLEXÃO DOMINICAL - O BOM PASTOR
4º domingo da Páscoa – Ano B – 29.04.12
At 4,8-12; 1Jo 3,1-2; Jo 10,11-18

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE:

Quem é quem no cristianismo de hoje?
Quem sabe vocêm estejam estranhando a pergunta, afinal, cristianismo não é cristianismo de qualquer jeito?
Se prestarmos atenção veremos que os cristãos têm colocado diante de si o mesmo Homem Jesus Cristo, mas seguem a sua doutrina diferentemente uns dos outros, o que não me parece correto pois que não estamos lidando com alguém que tenha se apresentado como líder político, profissional, administrador de negócios, gerenciador de idéias, um materialista ou palpiteiro, mas de alguém que tem as naturezas divina e humana e uma missão bem definida que não admite contrariedade: "Quem não está comigo está contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha"  Mt 12,30).
E inegável que Jesus, ao viver a sua natureza humana, aprendeu e desenvolveu seus dotes intelectuais conhecendo muito bem a conduta e costumes da sociedade em que vivia. Tinha plena consciência do que nós classificamos de ciências humanas.
Porém, antes de tudo, ele é Deus e sua presença em nosso mundo foi em obediência ao PAI, como o MESSIAS SALVADOR.  Portanto, tinha por principal missão a conversão da humanidade ensinando o caminho do bem, evidentemente influenciando nos costumes apontando os erros, conduzindo-a, via de conseqüência, para uma vida material fraterna e feliz já aqui na terra e eternizar-se no Céu.  “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10); “O meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36): “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus” Mt 22,21). 
E justamente para essa prática doutrinária foi que Jesus preferiu um único grupo escolhido pessoalmente por Ele, a quem competia e aos seus sucessores, com a autoridade que lhes foi dada, conduzir o rebanho e transmitir os seus ensinamentos, sem divisão mas como um só corpo em Cristo.
Portanto, Jesus foi o inicio e indicador, a pedra angular dessa obra salvífica que continuou se manifestando pela Igreja divinamente instituida. Daí, então, que a voz dos pastores, no que se refere ao Evangelho e a propria vida da Igreja, deve ser uníssona, mansa, verdadeira e acolhedora mesmo que provoque nos opositores ódio e  perseguição como aconteceu com Pedro:  “Hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem ...”  e porque anunciava junto com seus irmãos apóstolos que a salvação somente é possível por Jesus Cristo.

2ª PARTE:

São Paulo compreendendo que não se podia separar os homens de Deus usa da doçura das suas palavras para fazer ver que somos todos filhos de Deus, irmãos em Jesus cristo, e a honra que temos de sermos assim chamados.
A questão está em reconhecermos nos mensageiros, a voz de Jesus. Jesus é o bom pastor. Ele da a vida por suas ovelhas; ele conhece as ovelhas e as ovelhas o conhecem da mesma forma como Jesus e o Pai se conhecem. Basta a sua voz para que as ovelhas o reconheçam.
Mas Jesus também alerta: O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas”. Jesus que da voz a honra que nos temos de sermos chamados asim.ilhos de Deus, irma sua Igreja. o, vivendo em conhres, itir os seus ensinamentosutindo nos costumesa sociedadee em que vivia.
Irmãos, a voz de Jesus tem a tonalidade de quem ama e é coerente e assim deve soar da boca e do coração dos seus eleitos para o sacerdócio ministerial e de todos os leigos engajados nos serviços da Igreja.
O bom pastor não é avaliado somente pelo bastão que carrega, nem pelas vestes de pastoreador, nem pela dedicação ao embelezamento do curral, mas acima de tudo pela capacidade de amar, de agregar, de conduzir as suas ovelhas, de respeitar os outros que também militam no pastoreio dos Filhos de Deus,  de ir atrás daquelas que se extraviam para trazê-las de volta ao redil.

3ª PARTE:

Nesta 5ª feira pp. encerrou-se a 50ª Assembléia da CNBB e uma das grandes preocupações foi a queda do número de católicos no Brasil,  situação sabida de todos independentemente do que possa o IBGE ter constatado. Em que pese a necessidade de algumas considerações mais profundas quanto a pesquisa, a verdade é que a evasão de católicos é uma realidade e segundo noticiou a CNBB, “apenas 5% dos católicos vão à missa, recebem os sacramentos e participam da comunidade”.
 Falou com sabedoria o cardeal Dom Claudio Hummes: "Não basta fazer uma bela teologia em pequenos grupos, se os católicos que foram batizados não são evangelizados”.
A Igreja Católica necessita, urgentemente, de um novo projeto pastoral que envolva bispos, presbíteros, diáconos e toda a comunidade.  

Entenderam a minha pergunta de abertura?
A voz de nossos padres e bispos identifica-se com a de Jesus? Estarão sendo ouvidas pelas ovelhas? E as ovelhas entre si, como se comportam? O que está sendo feito por aquelas que se afastaram? E onde estão os diáconos permanentes (casados) que poderiam muito bem estar atuando nas suas paróquias?
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

domingo, 22 de abril de 2012

SOMOS CHAMADOS À CONVERSÃO E AO ARREPENDIMENTO




REFLEXÃO DOMINICAL
3º Domingo da Páscoa – 22.04.2012 – Ano B
At 3,13-15.17-19; 1Jo 2,1-5ª; Lc 24,35-48

1ª PARTE

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo

         O Atos dos Apóstolos é um livro pratico sobre as atividades dos apóstolos. “São compendio e prática do Evangelho, porquanto descrevem a vida da Igreja nascente, e os triunfos da graça e das virtudes cristãs” (Bíblia Ave Maria, 7ª edição, Paulinas).
         O autor (Lucas) cita Pedro fazendo uma ligação entre o Deus de Abrão, de Isaac e de Jacó à pessoa de Jesus Cristo como sendo o mesmo Deus. Lembra aos algozes sobre a atitude errada que tiveram entregando à morte Jesus, preferindo Barrabas a ele. Acusou-os de matadores do autor da vida que vencendo a morte, ressuscitou diante de testemunhas, inclusive de Pedro. 
         E aqui vemos Pedro agindo sob a ação do Espírito Santo e obediente a tudo o que aprendeu do Mestre como um sacerdote que aprendeu a amar e perdoar: “Eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes”, chamando-os, assim, para o arrependimento.
         Não somos tão diferentes daqueles. Continuamos responsáveis pela morte de Cristo em razão do pecado original. E quantos ainda trocam Jesus pelos barrabás de hoje optando livremente pela vida pecaminosa deste mundo descomprometidos com a moral, com a vida política, social, familiar e religiosa; rejeitam de um dia para outro os Sacramentos e os sacramentais, o respeito aos Santos, a Maria e tantos outros fundamentos que o catolicismo ensina, preferindo a ceia simbólica, os carnês que definirão o tamanho do amor por Cristo de acordo com a contribuição ($$$) que se dá, as sessões de “milagres” a granel e festivos, a riquezas e tantas outras conveniências materiais necessárias e importantes, sim, entretanto, releganado a um segundo plano o maior projeto divino que é a busca e o encontro com Deus na eternidade.
Os ministros sucessores de Cristo e dos Apóstolos estão aí há dois mil anos anunciando o Cristo e a Salvação, agindo in persona Christi  reconhecendo “sei que muitos agem por ignorância religiosa”, e sem desanimarem continuam com a Missão evangelizadora outorgada por Jesus e com a mesma alerta de Pedro: “Convertei-vos e arrependei-vos”.

 2ª PARTE

         O pecado é a tona de toda a preocupação de Jesus. Entretanto, não é uma ferida incurável, pois o antídoto foi inserido nos homens por  Cristo na sua morte na cruz.  Contudo, as recaídas existem, sabemos, mas o arrependimento, o perdão, a conversão são oportunidades abertas e superáveis pelo infinito amor de Deus  que perdoa sempre (Mt 18, 21-22) porque Ele coloca acima de tudo a virtude do amor e abre a porta do Céu pára todos.
         O tratamento carinhoso de João evangelista é o mesmo que todos esperamos ouvir dos ministros ordenados da Igreja: “Filhinhos, (digo) isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo”, sem lhes faltar a firmeza da necessária advertência: “Quem diz: 'Eu conheço a Deus', mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado”

3ª PARTE

         Pois é, meus irmãos. Que preocupação nos causa muitas vezes aproximarmo-nos de Jesus. Ora parece fácil, ora parece difícil!
         Os discípulos de Emaus servem para mostrar que Jesus chega sempre de forma mansa e tranqüila, quando até menos esperamos.
Aparentando em principio um estranho, a sua saudação já foi um atrativo para ouvi-lo: “A paz esteja convosco!”. “Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração?” E aos poucos vai se revelando, até que juntos, à mesa, acontece a Eucaristia: “tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles” e eis que Jesus é reconhecido.
         Em certa ocasião, um amigo meu de saudosa memória, não muito religioso, presenciou numa MIssa o ato da Consagração sem entender do que se tratava e comentou comigo que havia sentido no momento em que o padre elevou o pão e o vinho uma sensação diferente que o causou arrepio pela emoção. O amigo teve uma experiência parecida com a que tiveram os discípulos de Emaús: “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?”, disseram.
Aos que abrem o coração para dar oportunidade à espiritualidade e religiosidade e para ouvir a voz de Jesus, tudo se torna muito mais fácil.
Sabem como Jesus tocou o coração de Levi (Lucas)? Simplesmente olhou pra ele e disse: “Segue-me!”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pe. ANACLETO. UM SACERDOTE DO GOSTO DOS PAROQUIANOS

Santuário de Nossa Senhora da Salette - Curitiba Pr





                        Feliz aniversário!
Hoje, 87 anos de idade. E o senhor, quando alguém  conversa contigo não interrompe para perguntar: “Hein??”. Nem caminha lentamente, mantendo seus passos firmes apesar de cansado. Aos que o procuram para um bate-papo, aconselhamento amigo ou qualquer forma de orientação espiritual, não os deixam esperar, pois é incapaz de dizer “agora não tenho tempo”
Na sua simplicidade clerical tem a capacidade de ser gentil, amigo, tolerante, acolhedor, divertido e amoroso. E tudo isso, sem necessitar de nenhum esforço interior visto que a sua espontaneidade vem da  sua alma pura.
Vejo no Pe. Anacleto  um homem verdadeiramente revestido do sagrado e que está atento a tudo o que acontece na atualidade social e política, principalmente na sua paróquia atuando intensamente em todos os movimentos e pastorais e onde é assediado pelas suas boas ovelhas desde as pequeninas até as mais velhas e que sentem-se confortadas com as suas Missas e palavras homiléticas que só acontecem porque Cristo está nele.
 Na confraternização do seu aniversário a presença dos irmãos paroquianos é bastante numerosa por um único motivo: todos o amam e disputam espaços para abraçá-lo.
Meu querido padre Anacleto.
Sei que quando os anos se somam a tendência da nossa estrutura física é diminuir. Mas existe uma coisa que se fortalece a cada dia que passa: a virtude! Foi o que Deus e seus pais implantaram em você (permita chama-lo assim neste momento) desde o seu nascimento e que mesmo diante da historia da sua vida pobre e simples do bom italiano de um lugarejo simples, e de sangue gaúcho,   foi capaz de superar as dificuldades, crescer e sem deixar de ser aluno transformou-se num grande mestre da vida, e acima de tudo, num sacerdote à moda de Jesus a quem se entregou podendo até cantar: Fui escolhido pra servir-te e para amar-te meu irmão [1]...”
Parabéns pelo aniversário.
Um forte abraço, Diác. Narelvi e Belisa




   



[1] Antonio Cardoso – Canção Sacerdotal


domingo, 15 de abril de 2012

UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA


 Reflexão dominical
2º domingo da Páscoa - 15.04.2012 - Ano B
At 4,32-35; 1Jo 5,1-6; Jo 20,19-31

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE:
“Um só coração e uma só alma!” Assim começa a liturgia da Palavra deste domingo.
Para nós, hoje, parece uma utopia. Podemos nos justificar dizendo que os tempos mudaram, a população multiplicou-se extraordinariamente, que antes as comunidades eram formadas por pequenos números de famílias, que havia o costume da troca de mercadorias entre si, etc. etc.
Mas a lição daqueles cristãos principiantes nos traz um modelo de vida que não se tornou utópico. O Cristo ressuscitado é o mesmo. Como eles, também anunciamos o Ressuscitado e nos deixamos envolver  pelo profundo  sentimento de unidade e reconciliação que a paixão, morte e ressurreição de Jesus nos inspirou nesta Páscoa.
De uma forma um tanto diferente deles, fazemos parte de um Município, Estado e Nação que no conjunto nos faz  comunidade e nos chama ao exercício da cidadania.
É possível, sim, partilhar um pouco do que é nosso com os nossos irmãos mais necessitados.  É possível educar-se para que, mesmo sem colocar tudo em comum, participemos dentro do nosso território residencial ou de trabalho como cidadão politizado,  cristão, atuando de uma maneira tal que predomine dentro da nossa sociedade a honestidade, o direito a vida, a família, a  educação, a saúde, a liberdade, enfim, tudo o que se possa resumir no ideal de servir segundo as lições do mestre Jesus Cristo e exemplos daqueles nossos religiosos do Ato dos Apóstolos, animados pelo sentimento do amor como dom perpétuo de Deus que o Espírito Santo implantou em todos os seres humanos como essência da vida que nunca muda.  

     Sabemos que o sistema de se viver a vida em comunhão uns com os outros já nasceu com os primeiros homens e mulheres quando Deus os criou e o Criador assim projetou para sempre, não sendo, portanto, nenhuma invenção cristã  nem de qualquer outra religião antiga.
         Entretanto, houve “desvio de percurso”, digamos assim,  que desviou o homem desse rumo fadando-o ao pecado. Aqui entra o Cristo reconquistando os pecadores com um único lema: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS.
 
         2ª PARTE:
            Compreendemos, então, a primeira carta de João de hoje. Se crê que Jesus é o Cristo, então você está no caminho certo, acredita em Deus Pai. E como tudo vem de Deus, em Jesus devemos colocar a nossa vida mediante a fé de que Ele é o próprio Deus, e a observância da sua doutrina e dos mandamentos, levará a viver em comunhão com todos e a transformar este mundo numa comunidade de paz a caminho do Reino.

         Vejam no Evangelho de João, que num dia de domingo, Jesus aparece no meio dos discípulos e os saúdam dizendo: “A paz esteja convosco”. E em seguida concede aos seus eleitos um mandato: Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
         Como Tomé não estava lá naquele momento, necessitou que Jesus o convencesse pessoalmente. Depois viu e acreditou. “Meu Senhor e meu Deus” foi o seu ato de reconhecimento. Evidentemente  que Jesus alegrou-se, mas destacou aqueles que acreditaram sem terem visto.
         Irmãos. Jesus continua conosco e tudo é possível para quem nele crê. Agora com Jesus temos uma única Igreja dirigida pelos sucessores daquele mandato primeiro, uma única religião, uma única crença, uma única fé que resume toda a história da Salvação, que abre caminho para que sejamos iguais, irmãos com um só coração e uma só alma.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diác. Narelvi

sábado, 14 de abril de 2012

ONDE É QUE NÓS ESTAMOS ? POBRES ANENCÉFALOS !


Consumatum est

 Na Semana Santa ouvidos alguns versículos da Bíblia:

“Disse-lhes Pilatos: “Mas que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais veemência: “Crucifica-O!” (Mc 15,14). “Pela terceira vez, disse-lhes: "Que mal fez este homem? Nenhum motivo de morte encontrei nele! Por isso vou soltá-lo depois de o castigar" (Lc 23,22). “O Sumo Sacerdote interrogou Jesus sobre os seus discípulos e sobre a sua doutrina. Jesus lhe respondeu: "Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no Templo, onde se reúnem todos os judeus; nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; eles sabem o que eu disse". A essas palavras, um dos guardas, que ali se achavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: "Assim respondes ao Sumo Sacerdote?". Respondeu Jesus: "Se falei mal, testemunha sobre o mal; mas, se falei bem, por que me bates?" (Jo 18, 19-230). 

Agora, no calvário do STF julgaram o destino dos nenezinhos anencéfalos: Quem apresentou a queixa foi a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). Entregaram-nos aos ministros. O Relator inicia a justificativa do seu voto:

“Esses bebês tem malformação ou ausência do cérebro e tubo neural”. Sabemos  que “existem outras deficiências como a ausência de membros ou sexo dúbio”. Mas se o problema do neném for anencefalia, vamos reconhecer “o direito das mães escolherem a chamada "antecipação terapêutica do parto” (expressão para camuflar o aborto)”.
Outros membros do “sinédrio” também acrescentaram suas vozes que assim compilo:

“A gravidez de anencéfalo fere a dignidade da mãe, que teria que levar até o fim uma gestação em que a criança não tem chances de sobrevivência”.  “A antecipação do parto evitaria riscos à saúde da mãe”. “O Estado não tem direito de intervir, delegue-se então à mãe  ou ao casal o direito de abortar mantendo-se, assim, a saúde da mãe, o corpo dela, e a sua dignidade”, afinal, porque manter uma gestação “em que a criança não tem chances de sobrevivência?”. “A mulher atravessou gerações em busca de igualdade e reconhecimento de seus direitos fundamentais. O direito de não ser propriedade do marido, o direito de se educar, o direito de votar e ser votada e, hoje, perante este Tribunal, estão em jogo os seus direitos reprodutivos”. “Interromper a gravidez não é aborto e incriminar! Criminalizar é um fenômeno do subdesenvolvimento. Estamos atrasados e com pressa.”
         E assim, um por um foi dando a sua justificativa, mesmo sob os protestos das Igrejas e da grande maioria do povo brasileiro que defendem a preservação da vida  desde a concepção até a morte natural, e consideram que aborto do portador de anencefalia é uma discriminação contra os doentes.
Dois votos contrários ao aborto foram manifestados: dos ministros Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso (Pres. do STF). Insuficientes para reverter a decisão do processo, mas significativos para demonstrar que o aborto, seja por qual motivo for, não tem apoio do povo brasileiro.     
         Meus irmãos. Não estou desrespeitando o Tribunal, mesmo porque também sou advogado, nem o satirizando. Mas uma alfinetadela é merecida.
         Prestem atenção para a pobreza dos argumentos:  bebê  malformado, ausência de cérebro; o bebê  com defeito físico fere a dignidade da mãe, a criança não tem chance de viver, a mulher conquistou tantas coisas que conquiste agora o direito de procriar, a mulher é dona do seu corpo, e nesse nível prosseguem os perversos e esfarrapados pretextos. Acharam até que o feto do anencéfalo não é uma criança nem será uma pessoa. Um dos ministros abusou dos sentimentos quando disse que o anencéfalo é um organismo  que teria a sua inscrição "não no registro civil, mas numa lápide mortuária”, e comparou a uma borboleta: “O feto anencéfalo é uma crisálida que jamais se transformará em borboleta, porque não alçará voo jamais”, e dramaticamente completou: “É preferível arrancar a plantinha ainda tenra no chão do útero do que vê-la precipitar no abismo da sepultura”. Que horrivel!
        
           Ainda bem que nem todos os cientistas, juristas, especialistas e o povo em geral pensam assim.
         O que será então esse bebê fetal? Um monstrinho? Um ET? Um bicho do outro mundo???
         Não! É um filho de Deus que foi fecundado e recebeu uma alma. Uma criança gerada pelo seu pai e pela sua mãe que devem amá-la sob quaisquer circunstancias. Alguém que involuntariamente não lhe foi possivel ser fisicamente perfeito, assim como aqueles bebes gerados e que nasceram com ausência de membros, cegos, surdos, ou com síndrome de Down, siameses, com sexo dúbio,  com câncer, doenças cardíacas, aids ... mas que têm assegurados o direito de resistirem, de serem curados, de adaptarem-se à vida mesmo como deficientes ou especiais,  ou correrem o risco de morte seguindo o rumo natural da vida.  Mas aos indefesos anencéfalos, querem retirar o direito de viver pelo tempo que Deus e a ciência permitirem.   
E traçando uma comparação metafórica com a lembrada paixão de Cristo, respeitadas as devidas proporções, os fetos (que são nenês ainda não nascidos) e possuem almas perfeitas,  através delas certamente também perguntarão a quem, se atrever aborta-lo: “Que mal eu te fiz?” “Eu nunca menti”, “Falei mal dos meus pais, de vocês, da sociedade, da ciência?” “Por que me bate?” “Por que estão me julgando?” Mas a resposta estimulada sob o amparo legal (mas não moral nem cristão) poderá assim ser ouvida pelo anjinho: CRUCIFICA-O, pois ele é um anencéfalo. Não servirá para nada!
Como dizia minha inesquecível nona: “Credo em cruz. Maria Vergine!
      Cheira um pouco a eugenia negativa com eliminação dos indivíduos geneticamente “inferiores” e a perfeição da raça que Hitler idiotamente procurava, o que, a propósito me faz lembrar, de uma tribo indígena do nosso litoral paranaense, paupérrimos, incultos, “não civilizados”, mas aonde não se vê no seu grupo nenhuma pessoa fisicamente defeituosa nem mentalmente deficiente. Dizem (não se tem prova) de que o seu costume é eliminar as crianças “anormais” já que nascem. Lamentável!


Longe de mim a intenção de menosprezar os sentimentos e até sofrimentos dos pais, da mulher principalmente, ao saber que seu filhinho ou filhinha  que está esperando o momento para nascer sofre de anencefalia. Mas creio firmemente que o sentimento materno é tão forte, que mesmo assim continua amando o seu bebê intra uterino ou após o nascimento, mesmo que por poucos minutos ou dias. Não acho justo que um pequeno numero de mulheres (e pais também) queiram sacrificar a criança sob os pretextos que ouvimos de alguns dos membros julgadores.
Existem questões que por motivo de competência jurídica não deveriam ser levadas ao julgamento do judiciário como foi a da união homoafetiva e agora permissão para a pratica do aborto (apelidado de interrupção da gravidez) para a categoria dos humanos anencéfalos.  Abortar uma criança porque ela cientificamente morrerá logo ao nascer, é desumano. É arriscado pelos precedentes que trarão. É imperdoável. E o pior é que praticamente quase todos os que defendem essa forma de eliminação de um ser humano, se dizem religiosos . . .!
Resta-nos invocar os valores morais, sentimentais e religiosos, o respeito à vida e ao direito de nascer, e lembrar que o pecado fere e mata,  para que ninguém se deixe levar pelas teorias materialistas e demoníacas, e que entreguem-se a Deus que saberá como prover as suas vidas e aliviar as suas aflições.
 Diác. Narelvi

domingo, 8 de abril de 2012

PASCOA DA RESSURREIÇÃO - 2.012



Reflexão: Páscoa da Ressurreição 2.012
Domingo, 08.04.2012 – Ano B
Mc 16,1-7; At 10,34a.37-43; Cl 3,1-4; Jo 20,1-9

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

Esta nascendo hoje uma nova igreja. Religiões sempre existiram com seus fundadores que procurando interpretar o divino ditavam suas idéias. Alguns ligados a deuses ou espíritos que segundo a história habitavam as rochas, as árvores, os rios, animais, deuses gregos e deuses romanos, de quem se esperavam compensações através de oferendas, canções, danças, sacrifícios, magias, até de sacrifícios humanos e tantos outros rituais.
         Sintonizamos-nos em Abraão que em obediência a Deus deixou o politeísmo e foi fundador do judaísmo considerada a primeira religião monoteísta (adorava um único Deus, Javé, Senhor absoluto do céu e da terra, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis) de onde derivaram o cristianismo e o islamismo. A profecia do Messias consta do Antigo Testamento, transmitida por homens como Isaias, Moisés e Abrão. O cristianismo surgiu com Jesus Cristo revelado que foi como o Messias prometido, não aceito como tal pelo judaísmo e islamismo que ainda aguardam “o seu messias”.
“A fé cristã professa que o Deus revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas envia à terra seu filho como messias salvador. Ele nasce numa família comum, morre, ressuscita e envia o Espírito Santo para permanecer no mundo até o fim dos tempos. Desde o início o Cristianismo organiza-se como Igreja, sob a autorizada dos apóstolos e dos seus sucessores. Os discípulos espalham-se pelas regiões do Mediterrâneo, inclusive Roma, e fundam várias comunidades”.
         De inicio Jesus poderia não ser o Messias, afinal, como reconhecê-lo como o Filho de Deus prometido?
         É uma história bíblica longa que se soma a tradição e ao magistério da Igreja. O marco final e incontestável de que Jesus é verdadeiramente o Messias esta na sua ressurreição uma vez que antes, tantas profecias já apontavam para Ele, inclusive pela participação de Maria no Plano de Deus, escolhida para gerar humanamente um Filho sob a ação do Espírito Santo, cujo nome escolhido foi JESUS.
         O Novo Testamento, então, para os cristãos, é uma conclusão do Antigo Testamento que tem toda a sua história direcionada para Jesus.
         Portanto, o NT marca exatamente a historia de Cristo, escrito que foi sob a inspiração de Deus por homens que conviveram com Jesus como os apóstolos e discípulos, e também por seguidores contemporâneos.
         Nenhum dos grandes filósofos, religiosos ou fundadores de religiões da antiguidade e da modernidade chegou à ressurreição. Nasceram, cresceram e morreram. Cristo foi o único profetizado que nasceu, cresceu, morreu e ressuscitou.
         Portanto, a Páscoa da Ressurreição tornou-se para os cristãos a maior e expressiva data da cristandade, maior até do que o próprio Natal de Jesus porque se o seu nascimento trouxe uma expectativa de fé na sua divindade, a sua ressurreição deixou a certeza de que é verdadeiramente o Messias, o próprio Deus encarnado.
         Hoje somos conduzidos à alegria do Ressuscitado, convencidos pela Tradição, pelo Magistério da Igreja e principalmente pela Bíblia. E encontramos nos textos do AT e NT provas alicerçadas na fé, principalmente nos Evangelhos, Palavra viva de Jesus, testemunhada por quem com Ele conviveu até Pentecostes e assistiu a sua ascensão, de que de fato Ele é o Messias Ressuscitado, nosso Deus e Salvador.
         Páscoa cristã, portanto, é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida, a Ressurreição. Para uma vida nova, convertida, deixando para trás o pecado e tudo o que desagrada a Deus. 
         O Papa Bento XVI na Vigília Pascal de sábado, assim pregou:

“A Páscoa é a festa da nova criação. Jesus ressuscitou e nunca mais morre. Arrombou a porta que dá para uma nova vida, que já não conhece doença nem morte. Assumiu o homem no próprio Deus. (…) Abriu-se uma nova dimensão para o homem. A criação tornou-se maior e mais vasta. A Páscoa é o dia De uma nova criação, mas por isso mesmo, neste dia, a Igreja começa a liturgia apresentando-nos a criação antiga, para aprendermos a compreender bem a nova.”

         São Paulo em 1 Cor 15, 14 coloca a ressurreição como o alicerce da nossa fé num Jesus Messias, Deus e Salvador: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”.
         No Evangelho de Mc 16, 5-7, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, foram as primeiras pessoas a saber da ressurreição. Ao visitarem o túmulo o encontraram vazio e um anjo lhes disse: “Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui ... Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galiléia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”.

A Igreja também conta nos tempos de hoje com seus anjos anunciadores nas pessoas dos bispos, padres e diáconos, religiosos e religiosas, e um número enorme de fiéis leigos evangelizadores que fazendo o papel daquelas mulheres,  e convictos do Ressuscitado, cumprem a missão de correr atrás dos amigos de Jesus com o mesmo propósito de encontra-Lo, não na Galiléia mas nas Missas, principalmente as dominicais pois que ressuscitou num domingo, onde Ele já espera, no Sacrário. Afinal, “tendo você ressuscitado com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus”. Cl 3,1-4

Feliz Páscoa
Diác. Narelvi

quinta-feira, 5 de abril de 2012

INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA E DO SACERDÓCIO – CEIA DO SENHOR.

REFLEXÃO – Ultimo dia da quaresma

5ª feria - 05.04.2012 - Ano B

Is 61,1-3a.6a.8b-9; Ap 1,5-8; Lc 4,16-21 (Missa do Crisma Páscoa)

Ex 12,1-8.11-14; 1º Cor 11,23-26; João 13,1-15 (Ceia do Senhor)


Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo

PARTEInstituição da Eucaristia

          O Senhor esteja convosco! Ele esta no meio de nós. É a saudação que na Missa interage o sacerdote com o povo.
         Nessa fala é a pessoa do padre que se destaca, que provoca um entrosamento participativo entre ele e a assembléia.
         Mas, o que é a Missa? Missa é ação de graças, é EUCARISTIA. Qual é a sua origem? De onde vem?  Vem de Jesus Cristo de quando celebrou a Ceia com seus apóstolos. Logo, a primeira Missa foi celebrada pelo próprio Jesus.
         Quando a Igreja celebra a Instituição da Eucaristia nesta 5ª feira santa, relembra um dos fatos mais marcante da cristandade superável apenas pela ressurreição: A morte de Cristo na cruz oferecendo seu corpo e seu sangue para a remissão do pecado do mundo.
         Jesus sabia que seria preso, crucificado e morto na cruz. E em que pese ter pedido ao PAI que afastasse dele esse Cálice, ao mesmo tempo entregou-se dizendo “faça-se a sua vontade (Mt 26,42).
         Agora vemos Jesus como Deus. A sua morte na cruz era inevitável para completar a sua obra salvífica. Sabia que tudo não podia terminar na cruz, e que aquele gesto de entrega devia perpetuar, assim como sabia que com a ressurreição deveria retornar para o Céu, onde sempre foi sua morada. A Ceia foi o procedimento apropriado.
         Consciente da morte na cruz, Jesus convida os seus apóstolos para a Ceia um dia antes do evento morte humana. Juntos, então, Jesus antecipa a sua crucificação e morte que São Paulo assim narrou: 
Irmãos: O que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”.
Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória. Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha”.
         Estranho aquele momento. O pão apresentado como corpo de Cristo, e o vinho como o seu sangue. E no dia seguinte, Jesus é crucificado!
                Agorapara entender!
        Na instituição da Eucaristia Jesus usou do pão e do vinho, alimentos comuns da sua época, para eternizar o seu sacrifício na cruz. Compreenderam os seus apóstolos que na Ceia, o pão que Jesus entregou dizendo Isto é o meu corpo que é dado por vós  e o vinho que mandou beber dizendo:  Este cálice é a nova aliança, em meu sangue”, era, na verdade, a antecipação da entrega de Jesus à Cruz onde o seu corpo e o seu sangue seriam dado e derramado para a libertação do pecado.         Ora, se a Ceia fosse somente aquele momento, tudo teria terminado ali. Entretanto, Jesus acrescentou: Fazei isto em minha memória”. 

PARTE – O sacerdócio

Está claro que a celebração da Ceia deveria ser repetida sempre e que os apóstolos foram os chamados e escolhidos a participar do sacerdócio ministerial. Portanto, naquele momento, não somente a Eucaristia foi instituída, mas também Jesus comunicou o seu sacerdócio aos apóstolos.
Em assim sendo, o ministério sacerdotal foi sucessivamente comunicado à Igreja através dos Bispos que depois escolheram os diáconos e presbíteros que agem in persona Christi, mantidos, porém, o ministério da Eucaristia (Consagração) somente aos bispos e presbíteros como sacerdotes.
Significa, meus irmãos, que na Santa Missa o celebrante é o próprio Jesus enquanto que o bispo ou o presbítero celebrante empresta a sua pessoa para a ação de Jesus.
“O Papa Bento XVI  na Audiência Geral de 14 de abril de 2010, enfatizou o significado do sacerdote em relação a Nosso Senhor Jesus Cristo. Detendo-se na palavra "representação", que pode ter dúbio sentido, o Pontífice esclareceu que o sacerdote não O representa, mas "age na pessoa de Cristo Cabeça", aludindo à expressão latina ´in persona Christi Capitis´”, assim esclarecendo:

 Portanto, o sacerdote que age in persona Christi Capitis e em representação do Senhor, nunca age em nome de um ausente, mas na própria Pessoa de Cristo Ressuscitado, que se torna presente com a sua acção realmente eficaz. Age de facto e realiza o que o sacerdote não poderia fazer: a consagração do vinho e do pão para que sejam realmente presença do Senhor, a absolvição dos pecados. O Senhor torna presente a sua própria acção na pessoa que realiza tais gestos. Estas três tarefas do sacerdote que a Tradição identificou nas diversas palavras de missão do Senhor: ensinar, santificar e governar na sua distinção e profunda unidade são uma especificação desta representação eficaz. São na verdade as três acções do Cristo Ressuscitado, o mesmo que hoje na Igreja e no mundo ensina e assim cria , reúne o seu povo, cria presença da verdade e constrói realmente a comunhão da Igreja universal; e santifica e guia
        
A única possibilidade da presença de Jesus em nosso meio em Corpo, Sangue, Alma e Divindade é através do sacerdote católico e durante a Santa Missa, pois que sem padre, nãoEucaristia, e, sem Eucaristia, nãoIgreja”. Outras ceias praticadas em Igrejas não católicas são apenas gestos simbólicos onde Cristo está ausente sacramentalmente falando porque os seus celebrantes, pessoas leigas que não trazem o ministério sacerdotal ou seja, o Sacramento da Ordem, não podem Consagrar.  

Alegremo-nos irmãos católicos pelo privilegio de pertencermos à Igreja de Cristo por ele mesmo dirigida como o grande e principal sacerdote, legitimamente representada pelos seus ministros ordenados, e principalmente pela perpetuação do seu sacrifício na cruz e ressurreição que nos deixou na Eucaristia.

Obrigado Senhor, pela Eucaristia. Parabéns aos bispos e padres pelo seu sacerdócio a quem, copiando Dom João Bosco Oliver de Faria, Arcebispo de Diamantina, repito: “abram suas próprias mãos e olhem atentamente para elas. Contemplem as próprias mãos.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi