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domingo, 30 de outubro de 2011

PEDRA DE TROPEÇO OU SERVO DO SENHOR

Reflexão Dominical -  31º DTC - 30.10.2011
 Ml 1,14b - 2,2b.8-10; 1Ts 2,7b-9.13; Mt 23,1-12

Prezados Amigos e irmãos em Jesus Cristo.

         Malaquias, um profeta do tempo pós-exílio, em Jerusalém, presencia um momento de vacilo dos valores judaicos quando o povo perde a confiança em Deus até duvidando do seu amor.
         Diante dessa apatia, Malaquias se impõe para que a confiança em Deus seja restaurada, mas acaba culpando em grande parte os sacerdotes que tratavam de forma desigual as camadas sociais, deixando de lado o caminho da Lei e dos Mandamentos confundindo os crentes que se viram desorientados na sua caminhada com Deus.
         Certamente que os “sacerdotes” a que se referiu são aqueles do Antigo Testamento mas que também eram ministros sagrados.
         O episódio aplica-se nos dias de hoje quando vemos comunidades desanimadas como que tomadas pela mesma doença daquele tempo de Malaquias.
         O chamado do profeta é por uma reação imediata e eficiente. Experimentar e fazer valer o amor de Deus é o compromisso dos católicos que através dos animadores de comunidades e dos sacerdotes de hoje deve ser a meta das pregações ensinando que “o grande rei, o Senhor dos exércitos” é o único Deus a quem devemos seguir, amar e obedecer.
         De fato, em que pese a Igreja compor-se de todo o povo de Deus, são os dirigentes da linha de frente – presbíteros e bispos – os principais responsáveis pela condução da religiosidade do povo, os quais, auxiliados também pelos ministros ordenados os diáconos, e os animadores de comunidades, pastorais e ministérios extraordinários, devem assumir o sacerdócio comum e levantar a bandeira de Cristo como fieis servidores, despojados de preconceitos e de autoritarismo, e jamais deixarem-se conduzir como se fossem funcionários da Igreja.  
         Àqueles que prejudicaram a religiosidade judaica  Deus os chamou de “pedra de tropeço”. Também hoje elas existem e estão por aí como obstáculos à boa vontade de muitos fiéis.
         Malaquias termina dizendo: Acaso não é um só o pai de todos nós? Acaso não fomos criados por um único Deus? Então, por que cada um de nós é desonesto com seu irmão, violando o pacto de nossos pais?”.

São Paulo
         São Paulo na sua primeira carta aos Tessalonicenses,  revela-se bem ao contrário daqueles maus sacerdotes e dirigentes de comunidades a que se referia Malaquias.
         Com que ternura e tamanho carinho Paulo se dirigia aos seus irmãos.  Além do Evangelho, até a própria vida daria à sua comunidade a quem se apresentou como “mãe que acalenta os seus filhinhos”. E com humildade agradece a Deus pelos seus irmãos que acolheram a sua pregação da Palavra de Deus.
         É assim, meus irmãos, que o Evangelho deve ser anunciado. É assim que o Evangelho deve ser vivido como fruto de doutrinadores e seguidores que não vivem uma fé superficial, mas firmes na doutrina cristã o que leva a abraçar a fé com convicção.

         No Evangelho de hoje, Mateus em nome de Jesus é enérgico. Lembra Malaquias.
         Critica os mestres da Lei e os fariseus porque “eles falam e não praticam”. “Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo”, “só para serem vistos pelos outros”.
         O orgulho, a vaidade, a prepotência, são comportamentos que não condizem com o apostolado e a pregação de Cristo. Ninguém deve servir-se do seu cargo ou da sua função, seja no quotidiano da vida ou seja na vida religiosa, para sobrepor-se aos irmãos. É Jesus quem diz: Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.”
         Portanto, meus irmãos, sejamos fortes e corajosos no caminho do bem e da justiça. Jesus quer isso de mim e de você mas sem perder o rumo da humildade e da acolhida. Fomos todos chamados por Deus para algum serviço, por isto façamos o melhor possível.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi

domingo, 23 de outubro de 2011

O MANDAMENTO DO AMOR

 Reflexão dominical - 23.10.2011 – 30º DTC Ano A
Ex 22,20-26; 1Ts 1,5c-10;  Mt 22,34-40
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
A idéia do amor ao próximo não é privilégio da modernidade mas uma herança inata do homem.
          Quando Moises escreveu o livro de Êxodo, entre os anos de 1440 a 1400 aC. retratou o pensamento de Deus no que dizia respeito ao relacionamento interpessoal principalmente entre os mais e os menos favorecidos nas suas necessidades humanas.
      A recomendação era a de tratar bem os carentes nas pessoas das viúvas e órfãos, e de outros  nas mesmas condições, no sentido de que nada justificava aproveitar-se das situações para a prática de opressões ou vantagens  econômicas, lembrando que o que se retira dos necessitados, torna-os mais necessitados ainda, tão bem exemplificados nas vestes para o corpo e coberta para dormir.
    Chama-nos a atenção para o mundo de hoje. Até nas compensações profissionais sejamos limitados ao justo e ao poder econômico do outro sob pena de causar-lhes, principalmente aos pobres, danos irreparáveis. Mostra-nos o Êxodo de hoje, que Deus está atento e ouve aos que a Ele recorrem porque é Misericordioso,  cuja virtude da misericordiosidade também a nós é devida.
A lição do Êxodo que veio de Deus forma uma bagagem sem fim, com conteúdo que deve fazer parte da nossa educação para as coisas materiais e espirituais.
         Jesus que é Deus, quer que sejamos porta-vozes do Evangelho concentrador das regras de conduta que mostram o caminho do bem e da Salvação. Alguns homens, testemunhas oculares de Cristo, outros não, mas contemporâneos  como São Paulo, foram os  primeiros a comunicar a Boa Nova. E numa sucessão de pregações verbais e escritas, a noticia de Jesus foi se espalhando pelo mundo fazendo multiplicar o numero de cristãos cada um testemunhando as suas experiências, bênçãos e graças, contagiando uns aos outros numa corrente tão crescente que num dos retornos de São Paulo expressa aos Tessalonicenses o seu contentamento porque o que antes dissera-lhes sobre Jesus foi assimilado, colocado em prática repassando a outros. Tornaram-se os ouvintes imitadores dos Apóstolos e de Cristo como convertidos e modelos aos homens de todos os lugares.

         A Carta de Paulo indica que a divulgação evangélica e da Igreja de Cristo não deve ficar restrito aos bispos, padres e diáconos, mas por força do próprio Batismo, cada cristão deve ser semente fértil no coração dos irmãos.
      Essa atitude e compromisso somente será possível se fizermos prevalecer em nossos corações o maior dos mandamentos que é o AMOR.

        Quando Jesus foi provocado pelos fariseus sobre qual era o maior dos mandamentos, de pronto respondeu:  ´Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!' Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: `Amarás ao teu próximo como a ti mesmo'. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
         Jesus determinou, então, o ponto de partida para  todas as nossas condutas: um sentimento muito simples, o AMOR,  que se colocado como fiel da nossa balança, tornará possível a observância dos demais mandamentos, o cumprimento de todas as leis e princípios,   a nossa religiosidade e comportamento social e familiar, e permitirá, enfim, uma convivência harmoniosa entre as pessoas e a nossa entrada no Céu
 Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

domingo, 16 de outubro de 2011

FOMOS UNGIDOS POR DEUS.

Reflexão Dominical – 29º DTC – Ano A – 16.10.11
Is 45,1.4-6; 1Ts 1,1-5b; Mt 22,15-21

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

         “Ungido” é a palavra forte de hoje que dentre outros significados quer dizer segundo os dicionários, “purificar, corrigir, melhorar, conferir dignidade, poder a alguém. “Cristo” na origem grega significa “ungido”. Na Igreja significa: com os santos óleos sagrar, dar a unção a alguém. 
         Já é possível perceber quanta dignidade a unção concede ao ungido. E responsabilidade também!
         Ninguém é ungido para nada, mas para um exercício de fé, de religiosidade, para uma liderança espiritual já que aqui tratamos de evangelização. E evangelização não é uma ação privativa dos bispos, padres e diáconos, mas de todos os cristãos, sendo que cada um procure na unção que recebeu encontrar os seus dons.
         Em que pese a universalidade do evangelho, Isaias me inspira a falar sobre os que foram ungidos para a missão especial de servir a Deus em Jesus Cristo e sua Igreja.
         “Eu sou o Senhor, outro não existe” e fora de Deus nada tem consistência.
         Na pessoa de Ciro podemos percebemos o sentido da unção porque ele foi um dos ungidos por Deus que nele imprimiu a  condição de alguém com poderes espirituais para “purificar, corrigir, melhorar, conferir dignidade, poder a alguém” conforme o significado do dicionário. Afinal, um homem sagrado.
         E por ele ter sido ungido foi tomado pela mão de Deus para dirigir os povos mostrando os caminhos retos com uma segurança muito maior do que a dos reis, abrindo-se-lhe todas as portas dos caminhos e dos corações humanos por onde passar, e não permitindo que essas portas se fechem.
         Na unção encontramos a força de Deus.
         Mas eu queria hoje, chamar a atenção principalmente a nós ministros ordenados da Igreja, do sinal da unção buscando inspiração na Carta de Paulo aos Tessalonicenses.
         Vejam com que carinho São Paulo, Silvano e Timóteo se dirigem aos tessalonicenses. Não se apresentam como donos da Igreja ou da paróquia, mas como servidores. Começam saudando com a graça e a paz de Deus num gesto de abertura e acolhimento, e revelam o quanto eles eram lembrados nas suas orações para que perseverem na fé, na caridade e na esperança em Jesus Cristo, pois essa é uma das grandes missões dos ungidos.  
         Todos nós fazemos parte do Povo escolhido de Deus. E o anuncio do Evangelho se desenvolve não somente pelas palavras muitas vezes bonitas, porém sem raízes, mas  acima de tudo com a força da fé, da caridade e da humildade, sem jamais esquecer que é na pessoa do Espírito Santo que se consegue discernir e assimilar o que Jesus realmente espera que faça.
        Se não nos sentirmos ungidos, se nós ministros ordenados não relembrarmos que fomos escolhidos e chamados por Jesus para o Ministério Ordenado, e que pelo nome fomos chamados por Deus, estaremos incapacitados para o serviço e frágeis às provocações desafiadoras que a modernidade contaminada pelo anticristianismo, pelos falsos profetas e  por lideranças corrompidas lançam contra o Povo de Deus e a Igreja.
         E nesse burburinho como é importante saber separar as coisas para não cair em armadilha. Céus e terras pertencem a Deus. Logo, praticar as obras terrenas no contexto da seriedade e da honestidade faz parte do Plano de Deus, de cuja cautela surgiu a expressão de Jesus  “Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” como que a ensinar sobre a convivência harmoniosa e séria que deve nortear o comportamento humano e principalmente dos ungidos. Aos dissimulados Jesus tem a palavra certa: “hipócritas”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

domingo, 9 de outubro de 2011

Você quer ser escolhido?


Reflexão Dominical – 28 DTC – Ano A – 09.10.11
 Is 25, 6-10ª; Fl 4,12-14.19-20; Mt 22,1-14

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

Estamos juntos neste enorme mundo, mesmo que cada um dentro da sua cidadezinha.  Isto nos faz lembrar que todos somos como se fossemos um.
O homem, por natureza, não sabe viver . O isolamento deprime, maltrata, inutiliza o ser humano quer seja na afetividade, na cultura, na família ou na sociedade ou em qualquer outra circunstancia.
E nesse convívio, nos deparamos com tipos diferentes. Homens, mulheres, brancos, negros, ricos, pobres, honestos, desonestos, trabalhadores, ociosospessoas boas, pessoas maldosas, sóbrias, desmedidas, drogados,  religiosos, não religiosos, e até quem goste de Big Brother e outras futilidades

Existe, então, uma cadeia ou teia no dizer do profeta Isaias, que nos envolve a todos.   Saber conviver nesse emaranhado de comportamentos e pessoas é o ponto crucial.
Precisamos, então, aprender a conviver nesse meio, até mesmo dentro da intimidade de nossas próprias famílias,  procurando aproveitar da sabedoria que Deus nos deu para convivermos reconhecendo uns aos outros com  capacidade tal que nos permita saber separar o joio do trigo. Afinal, pertencemos a uma comunidade heterogênea
         O ditado “Diga-me com quem andas que eu te direi quem és!” tem sua aplicação válida, mas não significa realmente que sempre seja assim.
         O importante é aproveitar do convívio para enriquecer-se das coisas sábias e úteis, e saber dizer não para o que não presta.  E mais: o teu lado bom deve ser tão suficientemente forte que você possa usar da sua influencia para melhorar quem precisa.
         Segundo Isaias, é o que  Deus espera e aponta para cada um de nós atuando para que essa cadeia ou teia se dissolva para as atitudes pecaminosas, e que se conserve e fortaleça entrelaçando numa unidade interminável todos os que optarem pelo caminho do amor e da fraternidade.

Na carta de hoje de São Paulo aos Filipenses conta o seu modo de vida dizendo que sabia  como viver tanto na miséria como na abundância, que aprendeu a passar fome e a fartar-se de comida. E que sempre soube agradecer pelos momentos em que foi apoiado nas suas dificuldades testemunhando que a força vem de Deus que sempre proverá todas as necessidades de seus amados filhos.
         Essa partilha e convivência é o que nos torna melhores dentro da diversidade com as graças do Senhor que é Deus e Pai
        
         Aprendemos, então, e com a parábola de Jesus dos convidados para a festa que Mateus narra, que todos são chamados para a unidade em Cristo.
         As diferenças citadas em Isaias e na Carta de Paulo encontram no Evangelho de hoje uma narrativa que nos faz  compreender que somos chamados para uma convivência harmoniosa em sociedade, em paz, possível em torno de um nome: JESUS CRISTO.
         Diz a parábola que uma festa foi marcada. Vários foram os convidados e o Rei mandou seus empregados  chamá-los mas não quiseram vir. Insistiu mais uma vez e nada adiantou e até mataram os empregados.
         Como a festa estava preparada, o Rei mandou, então, convidar todos os que fossem encontrados pelo caminho, e o salão de festa ficou cheio. A esses o Rei ofereceu o banquete e deu atenção sem abandonar a condição digamos assim, de um bom comportamento a exemplo daquele convidado sem traje de festa que podemos interpretar como não adequado às regras, que acabou sendo expulso. Fácil, então, meus irmãos, compreender o que Jesus quis dizer com a advertência: muitos são chamados, e poucos são escolhidos.”
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.