Reflexão dominical - 31.07.2011 - Ano A
18º DTC: Is 55,1-3; Rm 8,35.37-39; Mt 14,13-21
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
A primeira leitura se apresenta, de inicio, difícil de ser entendida. Recorri, assim, como sempre faço, a quem sabe mais.
Na reflexão de Fernando Armellini – Celebrando a Palavra – entendi que se trata de uma referencia feita aos exilados na Babilônia, onde alguns já haviam se adaptado ao modo de vida e desinteressaram-se retornar para a terra de origem. Digamos, assim, acomodaram-se.
Porém, outros deixaram o exílio e voltaram para Jerusalém e enfrentaram uma série de dificuldades visto que não conseguiram uma realização imediata na vida material.
Na verdade, o profeta não se referia a um futuro material, mas espiritual.Os que ficaram na Babilônia, não sentiam “nem fome nem sede”, isto é, não tinham vontade de mudar de vida, e sobreviveram gastando o seu tempo e dinheiro em algo que não lhes traria nenhuma segurança futura.
Para nós, hoje, sentir sede e fome no dizer do Profeta, significa a vontade de procurar algo que possa transformar as nossas vidas para melhor. E aqui entra o projeto de Deus.
Se você está com sede procure onde encontrar água, e se está com fome, saia do ostracismo ou preguiça religiosa procure onde saciar-se: A fonte é Jesus Cristo. E tudo isso se consegue mesmo sem dinheiro, de graça, pois que essa sede e fome no sentido espiritual são saciadas por Deus: “Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida”.
Viver segundo os estímulos materiais apenas, é um conformismo que escraviza, enquanto que ao acrescentar e colocar acima de tudo o nosso chamado para as coisas do Alto, olhando para Deus, é uma abertura para a liberdade.
Veja o que Jesus ensina no Evangelho:
Jesus procurou afastar-se um pouco depois da morte de João Batista e foi para um lugar deserto.
Mas quem disse que Jesus escapa dos que o procuram? Na busca de Jesus uma multidão peregrina e o encontra. E Jesus o que faz: Da-lhes atenção. Curou os doentes e com certeza deu-lhes o mais importante: Palavras e mensagens de fé, de amor, de perdão e de esperança.
E seus discípulos, preocupados com o lado humana, pois não havia comida para todos, pediram logo que Jesus os mandassem embora, de volta.
Jesus então, resolveu a dificuldade multiplicando aqueles poucos pães e peixes numa quantidade enorme que a todos saciou.
O brilhante de tudo isso para nós que não temos o poder milagroso da multiplicação, é a lição da fé de um povo e da disponibilidade de Jesus, e a possibilidade que nós, simples mortais temos, de partilhar a nossa vida com as vidas dos menos favorecidos.
Aliás, é um bom momento para um cutucão: Você por acaso nunca ouviu dizer: “Hoje não posso, é meu dia de folga”, ou “agora ele está almoçando”, ou “ele esta fazendo a sesta”, volte noutro dia?
Tanto Isaias na primeira leitura, como Jesus no Evangelho, nos lançam um desafio: Somos ou não católicos corajosos e abertos para uma conversão constante, para a fé, para transformar o que de velho temos para um novo homem?
Mas se você não se sente tão forte assim, aprenda com São Paulo procurando confiar em Jesus Cristo, visto que nada, “nem a tribulação, nem a angústia, nem a perseguição, nem a fome, nem a nudez, nem o perigo, nem a espada, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente nem o futuro, nem as forças cósmicas, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer, poderá nos separar do amor de Cristo”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi