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domingo, 26 de dezembro de 2010

NOVO ANO. RECOMEÇAR PARA CRESCER.

O Ano Litúrgico católico começa com o Advento – 4 semanas antes do Natal e termina no último sábado do tempo comum que  corresponde a véspera do 1º domingo do Advento, terminando o ano com  a Solenidade de Cristo Rei. Logo, o ano litúrgico atual iniciou no dia 30 de novembro de 2008 e terminará no dia 29 de novembro de 2009, e assim vai se repetindo de três em três anos chamados de Ano A, Ano B e Ano C.
            Cada período, cada tempo litúrgico tem o seu significado próprio e de uma profunda espiritualidade com uma seqüência de leituras bíblicas e ritos nas Missas onde “o Pai realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito para a salvação do mundo e para a glória de seu nome”.
            Essas constantes variações da liturgia são importantes e, além do sentido acima, conduzem a todos a uma permanente revisão de vida fazendo lembrar da necessidade de uma contínua conversão pessoal em torno de um único Deus Trino que divinamente atrai a todos para Si como uma força gravitacional para cujo propósito serve-se da religião como um dos melhores caminhos.
            Assim como o Advento litúrgico significa um início e aguardo cheio de esperanças e expectativas da chegada do Salvador, também o mês de janeiro é o primeiro do ano civil e tem a sua finalidade. Será um começar tudo de novo? Sim, mas com uma convocação a todos para as correções dos rumos da vida. O mesmo exame de consciência religioso deve influenciar no comportamento social humano de maneira tão forte que até os não-religiosos realizem as suas boas ações exemplarmente.
Portanto, festejar um ano novo deve ter um sentido muito mais profundo e sério do que uma justa ceia e fogos de artifício. Deve, acima de tudo, ser um momento de olhar para dentro de si procurando sentir se a consciência e o coração estão puros, maravilhosamente ligados ao Divino, ou  “caiado por fora parecendo formoso, mas por dentro cheio de defeitos” no dizer de Jesus em Mt 23,27; De olhar para trás e comparar os rastros deixados pela caminhada avaliando se as boas ações predominaram.
            Começo de ano. Renovação dos bons propósitos. Momento de afastar as maldades e as injustiças. Oportunidade especial para se lembrar orgulhosamente de todas as boas obras praticadas como decorrência da fé (Tg 2, 18.20.26), boas obras que se refletem no sentido verdadeiro do amor, do perdão, da caridade e da fraternidade e dizer obrigado Senhor!
            Vale a pena aproveitar do vai-e-vem dos anos litúrgicos; vale a pena aproveitar do vai-e-vem do ano civil, para que todas as pessoas possam evoluir, crescer, colaborar para o bem comum de uma sociedade sem discriminação ou preconceito, e a se reencontrar com o irmão excluído que muitas vezes está bem próximo e, acima de tudo, para se reencontrar verdadeiramente com o Deus verdadeiro.
Na paz de Cristo. Tenham um ótimo ano.
Diac. Narelvi
Publicado no Jornal MNLitoral, edição de janeiro/2009


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal em família

Natal -25/12/2010 - Ano A
A Missa do Natal do Senhor e do domingo reúnem capítulos especiais que envolvem profundamente os sentimentos cristãos. Nascimento de Jesus, Sagrada Família,  Perdão, Paz, Fé, Salvação, enfim, momentos de espiritualidade que tocam os corações de todos os homens, até mesmo daqueles que não professam o cristianismo e nem mesmo acreditam em Deus.

É o amor e a força de Deus que ultrapassam os limites da própria razão humana e atingem os sentimentos fazendo com que o homem e a mulher pensem no transcendente.

Afinal, que homem é este que faz do seu nascimento motivo de euforia para uns,  para outros emoções de saudades e recordações conflitando os sentimentos provocando as vezes até um pouco de tristeza? Balança a incredulidade de muitos  e reforça a fé dos crentes?

Isaias responde em 62,11: “Eis que o Senhor fez-se ouvir até às extremidades da terra”.

Onde quer que se esteja, o Natal  coloca a todos diante de Deus e em família.

Diante de Deus porque Jesus é Deus, e em família porque o Pai quis que seu Filho unigênito se revelasse aos homens nascendo de Maria contando com a proteção de um homem que se dispôs a ser o seu pai adotivo, José.

Uma família: Maria e José que juntos traziam a responsabilidade de cuidar do Filho de Deus, o Filho de Maria. Nesta família estava o Salvador  da humanidade que precisava ser protegido :  “Jose, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito”. “José, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel”.

Este menino cresceu obediente ao Pai, a Jose e Maria. Jesus é a figura central da Família Sagrada que pelo livro Eclesiástico nos ensina a honrar o pai, respeitar a mãe, e a educar bem os filhos.

Natal é inspiração para a prática do bem, justificando-se plenamente a reunião em família cantando e  louvando  o nascimento de Jesus. É o modelo das famílias cristãs embora a nossa sociedade esteja sofrendo agressões contra os valores morais, éticos e religiosos tão intencionalmente promovidas por segmentos, principalmente por algumas televisões que tentam com seus noticiários e programas, desacreditar a religiosidade e impingir um desvirtuado conceito de família, inclusive banalizando o Natal.

São Paulo na carta aos  Colossenses que hoje é lida, lembra que somos chamados como membros de um só corpo. A Família  Cristã deve formar um só corpo.
 

Que neste Natal, as nossas famílias procurem imitar a Família Sagrada, e que o nascimento de Jesus seja para cada um de nós, um momento fecundo para nos reencontrarmos com Cristo em nossas casas e especialmente na Casa de Deus que é a Igreja. 
Feliz Natal com Jesus e Maria
Diac. Narelvi e família.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Reflexão dominical: Jesus nascerá de Maria.

4a. Domingo do Semana do Advento - Ano A - 19.12.2010
(Is 7,10-14; Rm 1, 1-7; Mt 1, 18-24)
      Ultima semana antes do Natal. Continuamos refletindo sobre o Advento.
      Isaias mostra ao rei Acaz um sinal: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”. Entendemos também como uma alusão ao nascimento de Jesus.
      Quando Isaías assim falou, referia-se a uma filha de Acaz,  “virgem” que teria um filho “Ezequias”, ou “Emanuel” que quer dizer “Deus conosco”.
      Naquele tempo, encontravam-se no Reino de Judá, cujo rei era Acaz, em situação de iminente guerra.
      Acaz, sem confiar muito em Deus, preferiu apoiar-se nos Assírios apesar das advertências de Isaias que insistia “confie mais em Deus”. Entretanto, Acaz não cede e opta pela ajuda dos assírios, e acaba perdendo a guerra e dominado pela Assíria.
      Da filha de Acaz nasce Ezequias que o sucede no trono mas não se comportou como alguém extraordinário conforme se esperava
      Daí, então, que o sinal antes apontado por Isaias precisava ainda ser cumprido, como de fato aconteceu com Maria na narração por Mateus, 1, 20-23  como cumprimento pleno da profecia.
      Acaz não aceitou pedir ao Senhor um sinal. Justifica-se dizendo  “Não pedirei nem tentarei o Senhor”.  Na linha do livro, também fica o homem entre incomodar os homens e a Deus.
     Será que Acaz não pediu ajuda ao Senhor porque respeitosamente não queria incomodá-lo, ou porque não confiava muito na sua ajuda?
    Deus jamais se sente incomodado pelos pedidos que Lhe são apresentados. Devemos ser livres para contarmos com os nossos irmãos que conosco convivem, mas a confiança absoluta depositemos sempre em Deus.

       
O nascimento do Messias traz uma responsabilidade cristã a todos, leigos e ministros ordenados.
      O anuncio de Jesus que se lembra no advento, é apenas um prenúncio da missão de cada um de anunciar hoje, com Jesus já presente, o Reino de Deus a todas as criaturas.
      Paulo, ao se dirigir aos Romanos, chama a atenção para o serviço ministerial por vocação. Isto é, colocar-se a serviço do irmão de forma bastante espontânea e feliz porque, de fato, diáconos, presbíteros e bispos são chamados por Jesus para a diaconia. Eis, aqui, o nosso apostolado.

      São Paulo referia-se ao árduo serviço de conversão dos pagãos para a fé em Jesus Cristo.  Os pagãos que não conhecem a Deus devem ser os destinatários da missão.
      Contudo, precisamos estender o apostolado aos cristãos confusos, principalmente àqueles que querem formar a sua igrejinha particular menosprezando ou criando interpretações por conveniencia própria, contrariando a doutrina cristã, os Mandamentos da Lei de Deus, os Mandamentos da Igreja, os Sacramentos, e a própria Tradição, Bíblia e Magistério.

 
Destacamos na composição da Sagrada Família coroada com o nascimento de Jesus, a pessoa de José, esposo de Maria, que pelo costume não coabitava sexualmente com ela.
     José percebe a gravidez de Maria e assusta-se de inicio e quase a abandona.
      Mas Deus envia a Jose um sinal assimilado em sonho com o Anjo tranqüilizando-o  “não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus”.
      Chama-nos a atenção o respeito e estima que Jose tinha por Maria. Mesmo antes de conhecer a verdade, a sua intenção era de preservá-la. Com a mensagem, José tornou-se cúmplice na criação e educação de Jesus.
      Não conseguiríamos entender como seria o nascimento de Jesus se Maria tivesse respondido NÃO ao Senhor. Também podemos imaginar como teria sido a vida de Maria e Jesus, não fosse a camaradagem, a estima, o respeito, a proteção de Jose como pai adotivo de Jesus.
      Não é à toa que Maria até hoje recebe dos católicos tamanha veneração.
      Assim como o Anjo disse a José, também vos digo: Não tenhas medo nem vergonha de amar Maria, porque ela é a MÃE DE JESUS. O Cristão que não ama Maria, ofende a Jesus.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Feliz aniversário, Jesus.

      Natal de 2010
     O normal é o aniversariante receber presentes. Aliás, quando Jesus nasceu recebeu de presente dos magos do Oriente, ouro, incenso e mirra (Mt 2,11).
     Sabiam os magos que aquele menino trazia dentro de si um mistério por isso que os presentes simbolizavam a sua realeza, divindade e sofrimento.      
     Portanto, os símbolos já anunciavam quem seria ele: o Deus encarnado que habitou entre nós.
    Mas, é Jesus que através de Maria se dá de presente para toda a humanidade.
     Hoje nós cristãos não precisamos daqueles símbolos nem nos preocupar com as interpretações dos seus significados porque a Tradição, a Bíblia e o Magistério da Igreja já nos anunciaram desde o inicio o nascimento, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus.
     Aprendemos, enfim, que Jesus é Deus e Salvador.
     Vejam, então, estimados irmãos, a grandiosidade deste homem que obediente ao Pai permitiu a sua morte na cruz para remissão dos pecados e revolucionou o mundo com os seus ensinamentos estabelecendo aqui o que Ele chamou de “Minha Igreja”, viva entre nós até hoje e para sempre. 
     Porém, Jesus não veio pronto, em forma de adulto. Por vontade do Pai, e no seu projeto salvífico, quis Deus se apresentar aos homens da mesma maneira como nasceram os homens. Então, primeiro escolheu uma mulher que fosse digna de ser mãe de Jesus; que fosse imaculada e bendita dentre todas as mulheres. A única encontrada e escolhida foi Maria.
   E Jesus nasceu como todos nós. Pequenina criança, anunciada e esperada desde que o homem pecou.
     Nasceu Jesus. Nasceu o nosso Salvador.
     Gostamos de festejar o nosso aniversário e dos nossos familiares.   Então, principalmente você que é cristão pode sentir a enorme alegria de festejar o nascimento de Jesus que é infinitamente superior e importante do que nós.
     A Igreja Católica, orientando-se em fatos históricos e datas, aproximou como sendo 25 de dezembro o nascimento de Jesus. Data oficial do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, comemorada por todos os cristãos.
     Temos, então, em 25 de dezembro, a festa mundial do aniversário natalício de Jesus.
     Lamentamos o desrespeito que impera na exploração da data como motivo comercial fazendo com que na televisão e em outros meios de comunicações tenham transformado o verdadeiro sentido do Natal em propagandas gananciosas  pintando um natal comercial escandalosamente desrespeitoso.
    Mesmo assim, o sentido espiritual do nascimento de Jesus não se abala diante da força da oração e da fé dos cristãos que, formando um só coro entre as religiões cristãs,  cantam alegremente: Jesus nasceu!.
     Queremos, então, nesta data, mostrar que Jesus não é apenas um homem, mas, antes de tudo, Ele é Deus e que graças a Ele a Salvação nos foi oferecida.
     Queremos também que todos saibam que Jesus não é propriedade dos cristãos, mas um ser divino que ama a todos os homens, religiosos ou não, até mesmo aqueles que ainda nem mesmo ouviram falar no seu nome.
     O momento é para uma convocação geral: Católicos e outros cristãos não católicos, o melhor presente que podemos ofertar a Jesus é comparecendo às celebrações natalinas em nossas respectivas Igrejas, pois que, mesmo para nós cristãos, o festejo natalino dentro das nossas casas apenas,  sem participação nas solenidades religiosas, faz perder o verdadeiro sentido espiritual do nascimento de Jesus Cristo para a nossa vida.
     Neste Natal, dia de Paz, manifesto o meu respeito a todos, cristãos e não cristãos, pedindo ao Menino Jesus que faça dos corações de todos os homens, o seu berço de nascimento.
Feliz Natal com Jesus e Maria.
Diac. Narelvi Carlos Malucelli e família
diacononarelvi@oi.com.br

domingo, 12 de dezembro de 2010

Reflexão dominical: Anunciando Jesus

  3 Domingo do Advento – Ano A- 12/12/2010
(Is 35, 1-6a.10; Tg 5, 7-10; MT 11, 2-11)
O Advento é um tempo em que somos convidados a despertar para uma vida nova. Sair de um mundo de sonho para entrar na realidade.
     No tempo de que Isaias fala,  o povo de Israel passava por um péssimo período. Muitos sofrimentos. O templo de Jerusalém havia sido destruído O desanimo, como parceiro dos momentos difíceis, tomava conta daquele povo.
     Mas Isaias é otimista. Manda deixar para trás todos os motivos de sofrimentos, tudo aquilo que parecia ser intransponível e olhar para um mundo melhor.
      A confiança principal está em Deus.
      Na expressão bíblica, Isaias manda fortalecer as mãos enfraquecidas e firmar os joelhos debilitados. Recuperar-se dos desgastes físicos para reiniciar e a conquista de um mundo melhor. 
      E aos desanimados, diz:  Criai ânimo, não tenhais medo!.
      É vosso Deus que os encoraja.
     Na figura dos cegos, dos surdos, dos coxos, dos mudos, Isaias ensina que Deus é  onipotente, ama e quer transformar a todos. Quer que os sofrimentos desapareçam para dar lugar à alegria e que todos estampem em seus rostos o esplendor da gloria.
     A lição, meus irmãos, é de que não devemos nos deixar ceder aos sinais de fracassos, perseguições, dificuldades de consciência, ou crises de fé. Não devemos permanecer a vida toda  apresentando queixas e lamentações.
     Você é filho de Deus. Você é amado por Deus.
Reaja, pois, lute por seus ideais, tome uma atitude,  supere as dificuldades que lhe são impostas por inimigos, e as vezes até por amigos e religiosos. Afinal, Deus te ampara e o entusiasma a criar animo e a não ter medo do que é justo.

Tiago, na sua carta, fala em fortalecimento do coração e anuncia que Jesus está próximo a chegar. Aconselha a confiar nas coisas de Deus, dando exemplo do agricultor que planta e aguarda firme os frutos e espera a chuva certamente para rechear a terra com os nutrientes para um novo plantio.
     Ao sugerir que não se queixem uns dos outros, segue a linha de Isaias mandando confiar no Senhor.
     Evidente que a mensagem não pede que sejamos calados diante das  injustiças. Ao contrário, entenda-se que criticar e reclamar contra as atitudes injustas é dever de cada um. 
     O que não se deve é reclamar manhosamente, desmotivadamente e sem agir como se fossemos submissos às pressões do mal.
     Tiago ainda alerta que as nossas ações e reações devem se espelhar no bem, sem deixar de levar em conta que um dia prestaremos contas a Deus. 

No Evangelho aprendemos a lição de como conhecer Jesus.
Ouvimos muito falar em Jesus Cristo. Até dizemos que já pertencemos ao seu grupo. Outros até se dizem salvos.  Mas, o conhecemos, realmente?
    Até João Batista que estava preso e aguardava a apresentação de Jesus, ouviu falar sobre ele e mandou seus discípulos averiguarem e obedientes, timidamente o encontraram e perguntaram a Jesus se era ele o esperado ou seria um outro.
     E Jesus respondeu da forma simples e convincente: Conte para João sobre tudo o que vocês me viram fazer.
     E para a multidão Jesus fala sobre João com perguntas seguidas das respostas. Talvez insinuando-lhe mais curiosidade do que fé para dizer que João era verdadeiramente um profeta. Que procurar João Batista não era como simplesmente observar “Um  caniço agitado pelo vento”, ou como encontrar alguém vestido com roupas finas, mas procurar alguém que se identificasse como Homem de Deus, Mensageiro da boa nova, anunciador do Messias,  que se tornava conhecido pelas suas atitudes firmes que não balançavam ao bel-prazer do vento,  nem ostentava roupas luxuosas.
    João Batista é apresentado por Jesus como o maior dos profetas ao mesmo tempo em que ressalvava que João, mesmo grande na obra de Deus, era de tamanha simplicidade e humildade que  “o menor do Reino dos Céus” era maior do que ele.
     Em Jo 14,9 Jesus queixou-se a Filipe: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste!”
     Há quanto tempo você é católico?
     Lembra-te do seu batismo, da catequese, do coroinha, da Primeira Comunhão, do grupo de jovens, das frequentes Missas, do seu casamento religioso ... E agora como está?
     Quantos renunciaram ao catolicismo para procurar um Cristo diferente, ou talvez o mesmo Jesus, porém em outra casa!
      Esses, conheciam realmente Jesus? Teriam percebido os seus sinais milagrosos no dia a dia e que se repetem em todas as Missas?
     Sejamos, pois, ao menos um pouco parecidos com João Batista. E se estivermos revestidos da estola ministerial, aprendamos que não é com soberania ou com orgulho que neste advento anunciaremos Jesus,mas conhecendo as suas obras, com muita humildade, firmeza na fé, compartilhando, e, sobretudo com coragem e  confiança em Deus é que conseguiremos fazer dos corações dos homens berço natalino de Jesus.

Louvado seja N.S.Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os brutos são brutos porque querem

A violência e brutalidade estão bem presentes hoje em nossa sociedade. Como entende-las?  Ai vem uma pergunta: E antetempo como era?
Biblicamente sabemos que o primeiro casal tornou-se mau quando desobedeceu a Deus. Fruto disso é o pecado. Pouco tempo depois, Caim, filho de Adão e Eva, matou seu irmão Abel.  A partir daí a Bíblia narra no Antigo Testamento uma série de desonras, crimes, guerras, cometimentos em sua boa parte atribuidos "a vontade de Deus”.
Vontade de Deus? À primeira vista parece incompreensivel ensejando uma criteriosa interpretação. Mas creio que NÃO pois Deus é infinitamente bondoso e amoroso. Deus é Amor.
Fora da Bíblia, descobertas arqueológicas revelam sacrifícios humanos de primitivos de milhares de anos, com a localização de esqueletos fracionados e crânios esfacelados, sinais de assassinatos e esquartejamentos dos corpos levando a crer que se tratava de um ritual. Macabro sim, mas um ritual de cunho sobrenatural. A historia está ai para contar muito mais a respeito.
Também já na vigência do Novo Testamento, crueldades foram praticadas seja por membros da Igreja seja por pessoas fora dela.
         Mas, o que dizer de hoje?
         O homem “moderno” que progrediu culturalmente falando, não deveria ser superior aos bárbaros antepassados? Claro que sim. Mas, então por que continua bárbaro?
         Estou convencido de que naqueles tempos os homens não tinham plena consciência dos seus atos.  Viviam sob a crendice de  deuses e idolatrias e mesmo com a gradativa compreensão da existência de um único Deus verdadeiro os seus critérios de certo e errado eram diferentes.
         E  os homens (sem generalizar) de hoje, o que fazem?
         Praticam lutas em ringues esbofeteando-se reciprocamente, algumas com regras técnicas, outras não, onde vale tudo, mas todas violentas e agressivas a maioria delas levando os gladiadores  a gravíssimos ferimentos, à invalidez e as vezes até à morte, sob aplausos de uma platéia que assiste e aposta como se estivesse no Coliseu de Roma num espetáculo de morte aos cristãos e escravos.
Torcedores fanáticos que nos campos de futebol agridem e matam.
Os jogos violentos nos computadores com roteiros que ferem, matam, destroçam pessoas, acionados por crianças e jovens  que vão perdendo a sensibilidade emocional e doutrinando-se para o crime.
         Assassinam-se  homens, mulheres, crianças, pais, mães e filhos.  E tem os que praticam aborto. 
E as touradas idiotas maltratando o touro que quando já fraco, é sacrificado pelo “valente” toureiro. E as brigas de galo, de passarinhos, e outros animais, sempre ladeados por tolos humanos?  
E os bandidos dos “famosos” morros do Rio de Janeiro e de outros centros de gangues que sentenciam, torturam e matam cúmplices do tráfico e até  inocentes no chamado micro-ondas (homicídio onde são utilizados pneus ou similares para circundar um corpo após o que o desafeto é  queimado) e outros métodos hediondos. E as agressões contra mulheres e crianças?
Sequestradores e assaltantes impiedosos que assassinam as vítimas por prazer. Guerrilheiros que sob o pretexto de servir a um ideal roubam, assaltam e matam;  Atentados e guerras;  Pessoas que padecem em suas enfermidades e morrem por falta de assistência medica e hospitalar  e outros pobres que passam fome em seus casebres improvisados ou desalojados nas ruas por omissão social e governamental. Acrescentem outros malefícios que vocês conhecem.
         Esses agentes do mal, por acaso não vivem hoje numa época cultural mais sábia? Por acaso não sabem que existe um único Deus Verdadeiro, que Jesus Cristo existe e que como Deus que é quer a paz;  Por acaso esses criminosos não tem família? Não  foram batizados? Não terão eles uma opção religiosa? Quem sabe até vão à Igreja, tenham Bíblia  carreguem crucifixo e façam o sinal da cruz. Mas mesmo assim insistem em permanecer no mal, aparentemente irrecuperáveis, cedendo aos demônios.  
Repito: Vontade de Deus? NÃO!
Refletindo um pouco sobre o passado, não nos esqueçamos da ignorância e das influencias culturais de todas as épocas da existência da humanidade. O que para nós representa um horror, muito provavelmente para aqueles personagens de outrora, não.
Entretanto, aos homens de hoje embora algumas vezes possa se explicar,  não se justifica.  Existem pretextos, falhas na educação,  falta de estrutura familiar. Mas não se justifica.  Erram com consciência do erro. São brutos porque querem, pois que a prática do bem e a proposta de recuperação estão ao alcance de todos e os exemplos nesse sentido são muitos. Basta um pouco de boa vontade.
Apesar da aparente irrecuperabilidade, a sociedade, as autoridades, as famílias, as Igrejas, os políticos, o povo de boa índole e os próprios brutos  precisam e devem fazer muito mais do que fazem para que os brutos deixem de ser brutos.
 Diac. Narelvi.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Reflexão dominical: Convertei-vos

2º Domingo do Advento – Ano A - 05/12/2010 
(Is 11, 1-10;   Rm 15,4-9; Mt 3, 1-12)
     O texto de Isaias de hoje, professa o nascimento de Jesus Cristo.
    
E
com que beleza figura o surgimento do Messias com a imagem de um dos milagres da natureza: 
o nascimento de uma planta.
       Fala em tronco, raiz, e o rebento de uma flor. A raiz  fixa-se ao solo amparando o tronco de onde aparecerão as flores e os frutos.
      O rebento da flor de que fala Isaias, é Jesus do tronco de Davi, filho de Jesse.
      Admiremo-nos da sensibilidade daquele profeta lá dos anos 765 a 681 a.C., poeticamente encontrando palavras e efeitos na natureza para acionar os nossos sentimentos.      Só mesmo por inspiração divina!  
A flor simboliza amor, beleza, ternura, paz, sensibilidade, vida...
     Jesus profetizado é exatamente esse conjunto de virtudes e muito mais, esperado pelo Povo de Deus detentor dos dons do Espírito Santo,  inspirando a certeza de ser Ele o justo julgador 
que não se deixa levar “pelas aparências”, não decide “por ouvir dizer”, mas que pela sua Palavra convence, agrada e converte a todos que, antes perdidos pela discórdia deixam o mal, os conflitos, as inimizades, e convergindo para um único caminho em Jesus Cristo encontram a paz.
 
    Saindo do Antigo para o Novo Testamento,  São Paulo evangeliza recomendando que não se abandonem os ensinamentos antigos que servem para orientar e firmar a nossa fé, fortalecer a nossa esperança e fazer crescer em nós a espiritualidade que as Sagradas Escrituras tanto proporcionam.   
      A
Salvação é pessoal com a Graça de Deus. Porém, os homens não são criaturas feitas para o isolamento, separadas uns dos outros.  “Embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro” (Rm 12,5); “quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito” (I Co 6,17).
      Somos como aquela planta que Isaias simbolizou daí porque São Paulo nos incita a glorificar a Deus 
“num só coração e numa só voz” porque o Reino de Deus é oferecido a todos.
     E você deve sentir-se feliz por ter sido eleito por Deus para viver na graça.

     Contudo, não nos deixemos iludir de que, só porque Jesus veio e morreu na cruz pelos nossos pecados, já não precisamos mais continuar no caminho do sagrado.
    O Salvador que estamos aguardando neste advento
 nos assegurou a Salvação. Mas não nos impõe.
       O médico faz o seu diagnostico, aponta a enfermidade e sabe como combatê-la recomendando o tratamento. Mas não obriga o paciente a se tratar. E da sua decisão vai depender a sua cura.
      Na vida espiritual Jesus foi esperado como Redentor. E ele nos redimiu.   Mas
precisamos do Batismo. Precisamos do arrependimento, confessar os nossos pecados.   Precisamos da conversão. Justamente por isto que João Batista pregava:  “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo.”
      O advento nos conclama para preparar o caminho do Senhor retirando os obstáculos que dificultam a aproximação do Salvador.
        
Conversão é a palavra chave. 
      Não essa conversão que vem sendo dita inadequadamente quando alguém deixa de ser um cristão católico para aderir a outra religião cristã não-católica e depois diz “sou convertido”.
     C
onversão é algo muito mais profundo porque exige uma transformação intima de atitude espiritual e religiosa. A conversão pregada por João Batista nos convida a abandonar o pecado para uma adesão incondicional a Jesus Cristo.
       A conversão deve acontecer todos os dias.
       É o que nos motiva o Advento colocando Jesus como Luz a iluminar as nossas ações espelhando-se não apenas nos antigos profetas e patriarcas do antigo testamento, 
mas também e principalmente nos Santos mais recentes do Novo Testamento como Nossa Senhora de quem nasceu Jesus, e em todos os que souberam dedicar as suas vidas ao amor e à justiça e perseveraram na fé a exemplo também dos santos vivos de hoje que colaboram para que o Reino de Deus se estenda por toda a face da terra.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi    
Subsídios:
Bíblia
Celebrando a Palavra, de Fernando Armellini - Ed, Ave Maria
Lecionário Dominical