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sábado, 27 de novembro de 2010

Reflexão: Preparando para acolher Jesus.

1º Domingo do Advento - Ano A - 28/11/2010 
(Is 2, 1-5; Rm 13, 11-14; Mt24, 37-44) 
Hoje iniciamos um novo ano litúrgico com o período do Advento.
        A palavra “advento” para os pagãos “indicava a vinda do seu Deus”. Pode ainda significar a “visita de um rei a uma cidade”.
       Mas para os cristãos, não muito diferente, significa a vinda do nosso Deus na pessoa de Jesus Cristo.
       Mas como esperar Jesus, se Ele já chegou? É a pergunta que muitos fazem.
       Sim, de fato Jesus já nasceu e reina como homem há mais de dois mil anos e desde a eternidade como Deus.
     Contudo, a Igreja não se cansa de lembrar todos os momentos históricos da nossa fé, como uma forma de manter viva em nossa memória de que somos Filhos de Deus, Cristãos Católicos, e que Jesus é o nosso Salvador esperado como o Messias prometido.
      Temos, então, quatro semanas que mais uma vez nos preparam espiritualmente para a vinda de Jesus.
     Mas, sinceramente, será que hoje todos já acolheram Jesus?
        Vivemos um momento de crise de fé. Homens e mulheres estão abandonando sua crença cristã que nasceu lá em Jerusalém, pelo ano trinta, quando Jesus confiou a sua doutrina à Igreja que veio a ser chamada de Católica e Apostólica. Outros, mesmo não a abandonando, afastaram-se da prática  religiosa.  Outros, ainda, completamente afastados dos ensinamentos de Jesus tornaram-se verdadeiros demônios dedicando-se a toda forma de perversidade num mundo de crimes, a exemplo do mundo cão dos infelizes viciados nas mãos dos diabólicos traficantes que amedrontam, escandalizam e decompõem a família e a sociedade, a exemplo do que esta acontecendo hoje no Rio de Janeiro com a necessária reação policial que se transformou em ação de guerra.

        Portanto, esses e tantos outros ainda não alcançaram a sublime mensagem do advento. Ainda não conhecem Jesus. O advento não chegou a eles.
        Logo, o advento precisa ser continuamente anunciado para que os bons cristãos perseverem e renovem sempre a sua aceitação e amor por Jesus, e principalmente para que os desviados da lei, da moral, da ética, dos bons costumes, deixem de lado as suas maldades e encontrem em Jesus o caminho da paz e da Salvação.
       Jesus é que está no mais alto das montanhas de que fala  Isaias, para onde o justo Povo de Deus caminhará e dirá: “Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos".
    São Paulo ensina que já conhecemos o nosso tempo. Sabemos que Jesus existe e é uma realidade o que facilita muito mais abraçarmos a fé. E o momento de nos livrarmos da escuridão do pecado para encontrar a luz, de abandonarmos os vícios das bebidas, das drogas, das orgias sexuais e imoralidades, para, como bons cristãos nos revestirmos do Senhor Jesus Cristo.

  
       Livremo-nos, irmãos, da cegueira que não nos deixa perceber a presença de Deus, e acaba arrastando para a condenação eterna. Jesus, no Evangelho, anuncia que o tempo para a conversão sempre é o agora. Ficai atentos, diz Jesus, alertando  que chegara o momento do julgamento quando muitos correrão o risco de serem separados e deixados de fora.
      Apesar de que a Salvação pode se operar a qualquer momento da nossa vida, não devemos abusar e deixar para refletirmos sobre as coisas de Deus mais tarde, pois poderemos perder a oportunidade, visto que,   segundo o próprio Jesus Cristo, “também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”. 

Quem aceita o Jesus anunciado, com ele caminha como amigos e já aqui na terra inicia a experiência do Céu.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.  
Diac. Narelvi

Subsídios:
Bíblia
Celebrando a Palavra, de Fernando Armellini - Ed, Ave Maria
Lecionário Dominical

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Reflexão dominical: Cristo Rei

 34º DTC- Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo - 21.11.2010
(Sm 5, 1-3; Cl 1, 12-20; Lc 23, 35-43)

Queridos amigos e irmãos em Cristo. 
     Começo, meio e fim. Assim também é e será o mundo.
     Nesse espaço de tempo acontece a criação do mundo e a expectativa da vinda do Messias que o Antigo Testamento nos narra. Depois a chegada de Jesus com o seu nascimento, a sua vida, a paixão, morte e ressurreição, tudo caminhando para o reconhecimento de que Jesus é Rei do Universo. É assim que cada ano litúrgico conta  a História Cristã.
     Hoje termina o ANO C para reiniciar no próximo domingo, o novo ANO A. Termina o Ano C com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
     Irmãos, quanta alegria podermos festejar hoje a vitória de Jesus e o proclamarmos como Rei. É muito, muito mais do que comemorar um campeonato mundial de futebol ou de qualquer outro esporte, o resultado de uma eleição política partidária, ou de qualquer outro evento que, não obstante importantes, tornam-se insignificantes diante da magnitude de Jesus Cristo, nosso Rei. 
     Mas na dinâmica evangélica da vida de Jesus Cristo aqui na terra, temos um começo e um meio que conduzem a uma meta final que é a aceitação  de Jesus como Deus e Salvador. Por isso cantamos: “Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre, aleluia!”, reconhecendo também que no plano espiritual,  Jesus não teve inicio nem terá fim porque é Deus.
     Davi foi um dos participes da história. Um simples pastor que desde jovem demonstrou ser um grande líder, abençoado por Deus,  tendo sido escolhido primeiro, rei da tribo de Judá, e depois, de Israel todo, identificando-se e unindo-se  tanto aos seus seguidores que se sentiam como se fossem seus ossos e sua carne.
     Enquanto reinou, Davi conduziu o seu povo com firmeza, respeito e prosperidade. Entretanto, com a sua morte, substituído por seu filho Salomão, as tribos se separam voltando o povo de Israel a sofrer e a ser considerado insignificante.
     Muitas vezes, certas lideranças despreparadas provocam distorções em nossas vidas. Porém, assim como o povo de Israel não desistiu e pediu ao Senhor o envio do Messias, devemos concentrar a nossa confiança em Deus que em Jesus Cristo une e fortalece a todos,  confiantes na formação de um povo santo.
                            
 E é exatamente o que São Paulo ensina aos Colossenses em sua carta. Jesus veio e venceu. Libertou os homens das trevas e os acolheu como Filhos amados, perdoando os pecados satisfazendo aquela expectativa ansiosa do povo de Israel depositada anteriormente em Daniel. Na mensagem de Paulo  encontramos uma narrativa que se compreende como uma profissão de fé.
   

   São Lucas, no Evangelho, mostra os momentos derradeiros de Jesus na cruz sob as zombarias dos perseguidores.
    Quantos desafios foram feitos a Jesus:  “Tu não és o Cristo?” “não és o rei dos judeus?”. Até os soldados gritavam: "salva-te a ti mesmo",   e um dos malfeitores repetia: ”salva-te a ti mesmo e a nós”.
    Sintam quão profundo é o amor de Jesus por nós, entregando-se à morte na cruz, sem nada reclamar.
    Portanto, se hoje comemoramos Jesus como o Rei do Universo, não podemos nos esquecer nem de considerar, que Jesus continua sendo desafiado e  desrespeitado.na sua pessoa e na sua doutrina. Falsos profetas, falsos cristãos, anticristos,  estão por aí relativizando a religião, os mandamentos de Deus,  a Bíblia, a Missa e os demais Sacramentos.
    Impõe-se, então, um “novo ardor missionário”, “navegar em águas mais profundas”. O trabalho do verdadeiro cristão é árduo, mas a nossa Igreja não pode mais caminhar a passos de tartaruga. Faz-se urgente evangelizar com mais afinco, cada um com o seu dom, integrando-se no mesmo ideal os bispos, presbíteros e os diáconos (estes tantas vezes desprezados), liderando como bons líderes o Povo de Deus, com apoio indispensável  dos fiéis leigos.
    Se reconhecemos a Jesus como Cristo Rei, devemos encerrar o ano litúrgico com o propósito de defender a nossa fé, a nossa Igreja, reagir contra os malfeitores com as armas da verdade, da fraternidade, da Palavra e do testemunho, assim como fez   Dimas na cruz chamando a atenção do outro: “não temes a Deus?”.  “Nós estamos na cruz porque praticamos a maldade, mas Ele é justo”. E humildemente completemos a nossa missão também como Dimas, pedindo: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”,  certos de que Jesus  também nos responderá: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso.”

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi
Subsídios:
Bíblia
Lecionário Dominical
Celebrando a Palavra, de Fernando Armellini - Ed. Ave Maria



"Para viver o Senhorio de Jesus é preciso, antes de tudo, ter e deixar-se invadir pelo Espírito Santo, sendo conduzido por sua influência. Pois está escrito: Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo (I Cor. 12,3b) (Frater Henrique Maria, sjs).

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reflexão dominical: Trabalhar pelo Reino


                    33º DTC - ano C - 14.11.2010
                        (Ml 3, 19-20; 2Ts 3,7-12; Lc 21, 5-19)
     Queridos amigos e imãos em Cristo.
    Malaquias viveu em tempos difíceis. O povo de Israel vivia na expectativa de dias melhores, mas continuavam as opressões, os roubos, as violências. Faltava o mínimo necessário para o sustento da família.
   
Tantos infortúnios levaram aquele povo a acreditar menos em Deus, como que a dizer “de que adianta acreditar em Deus, se continuamos sofrendo?”.
    A
té hoje, o que fazer com um povo angustiado? Recriminá-los ou confortá-los?
    
Malaquias optou por não entregar-se à   indignação preferindo continuar mostrando que em Deus se encontra o melhor refúgio.
    
A profecia fala em fogo queimando os injustos como se fossem palhas exterminando-os, ao mesmo tempo oferecendo o sol da justiça como luz  a proteger os justos premiando-os com uma vida melhor.
    
Advieram variadas interpretações, inclusive confundindo com o fim do mundo como expressão dos fanáticos.
    
O sentido da profecia não é a destruição do homem, mas do pecado, de tudo aquilo que o afasta do bem.
    
Portanto, não se trata de informação para impor medo encurralando a humanidade no receio de ver a terra e todos os seres dizimados, mas ao contrário, trazer uma esperança de ver a maldade e o pecado chegarem ao fim.
     D
eus não quer acabar com o homem, mas quer colocar um fim em tudo aquilo que aniquila o homem.
     N
ão te parece como nos dias de hoje?
    Coragem. Não desanime!
  Deus existe e continua no meio de nós, agora encarnado em Jesus Cristo que é a luz ou o sol da profecia e nos mostra que podemos mudar para melhor, e que na Palavra e no Evangelho o Espírito de Deus nos alimenta espiritualmente e de um modo muito especial na Santa Missa.
    S
ó nos resta trabalhar pelo Reino, não exercendo trabalho oneroso como se fossemos Ministros Ordenados para o salário, como funcionários da igreja, nem como fiéis em forma de robôs programados para ouvir e não praticar.    

     São Paulo esperava dos Tessalonicenses como espera de nós hoje uma ação mais concreta, objetiva, vigorosa,  sob a proteção do amor como sentimento norteador da nossa vida e o segredo que leva à conversão e fidelidade.
    V
ejam a comparação: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”. Logo, se quiser comer, trabalhe.
    N
a espiritualidade também é assim. Somos salvos por Jesus Cristo, mas devemos fazer a nossa parte.
    N
ão sejamos peso para ninguém. Não apenas peso econômico, mas também não tenhamos o peso do orgulho, da inveja, da arrogância, do chefão, do indiferente, do desamor, da intolerância que apenas prejudicam e depõem contra o cristianismo e o catolicismo.
    F
ala-nos São Paulo da preguiça laborativa, de quem não quer fazer nada preferindo a ociosidade esperando, quem sabe,  que os alimentem gratuitamente, daí porque o versículo 12:  “ordenamos e exortamos a estas pessoas que, trabalhando, comam na tranquilidade o seu próprio pão”. Leva-nos a interpretar que  se não trabalharmos pelo Reino, não teremos o “mundo novo” que todos almejamos.

    São Lucas, transmitindo as palavras de Jesus Cristo, nos adverte porque muitas vezes nos prendemos às aparências, ao supérfluo da religiosidade, aos espetáculos dos “milagres”, que mesmo com bela aparência como o Templo de Jerusalém do evangelho, não resiste à destruição.
     Nã
o se ignora as dificuldades. Contudo, ensina-nos que é olhando para o Céu que veremos os sinais de Deus dando-nos oportunidade para que, com antecedência, prepararemos os nossos caminhos e encontremos fortalecimento para a nossa fé premiando-nos Jesus Cristo, com a vida eterna.
     A
tenção para os sinais. “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo:
'Sou eu!' e ainda: 'O tempo está próximo.' Não sigais essa gente!” (v.7-8).
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diác. Narelvi

sábado, 6 de novembro de 2010

Reflexão dominical: Sede santos, porque eu sou santo

 Solenidade de Todos os Santos-  ano C - 07/11/2010
(Ap 7,2-4.9-14;  1Jo 3,1-3 ; Mt 5,1-12a)

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
     Todos os Santos, cujo dia foi 1º. deste mês, tem a sua solenidade comemorada hoje.
     A
final, quem é Santo?
     P
odemos dizer de uma forma bem simples: Santo é todo aquele que livre do pecado e pela Graça Salvífica de Jesus Cristo, une-se a Deus no Céu depois da morte.
     Logo, santos são todos os que estão no Céu, ”lugar” onde se encontram com Deus em plena igualdade de santidade.
     Estamos tão acostumados com os Santos expostos por suas imagens nas igrejas, que nos esquecemos daqueles que mesmo sem a canonização também alcançaram  a Graça da Salvação.    Por isso, sabiamente a Igreja reservou um dia para que todos eles fossem lembrados. E não são poucos, com certeza, o que nos leva a crença por fé de que os nossos entes queridos que  souberam viver com dignidade cristã também são santos.
     São João, no Apocalipse revela a multidão deles que está no Céu: ”vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. Todos proclamavam com voz forte: "A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro".
     Você e eu, irmão, somos convidados a sermos santos. “Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44)”, diz São Pedro em sua primeira carta, 1,16.  São Paulo ao escrever aos Romanos 6,22, assegura-lhes que, libertados do pecado e como servos de Deus, neles estava o fruto da santidade que os levariam para a vida eterna. Aos Tessalonicenses (4,7), a sua mensagem é de que Deus não chamou ninguém para a impureza, mas para a santidade. E a Timóteo, São Paulo prega que fomos salvos e chamados para a santidade pela graça.  A nós, irmãos, o convite para a santidade é o mesmo.
    A Sagrada Escritura nos assegura que morrendo na santidade, a nossa alma ganhará o Céu imediatamente, sendo um tremendo absurdo algumas interpretações de que somente 144.000 serão salvos conforme o próprio Apocalipse corrige.
    Tenhamos confiança na Salvação. E não precisamos aguardar a nossa morte, mas ainda em vida podemos e devemos iniciar a nossa vida de santidade como Santos desta terra.
     
 O inicio da nossa santificação se dá no momento em que, pelo batismo, deixamos de ser simples criaturas e nos transformamos em  ”Filhos de Deus”. Este é o presente que recebemos do Pai Divino. E nós somos, afirma São João. 
    
 No discurso de Jesus Cristo sobre as bem-aventuranças, saibamos percorrer os caminhos dos     pobres em espírito, dos aflitos, dos mansos, dos que têm fome e sede de justiça, dos misericordiosos, dos puros de coração, dos que promovem a paz, dos que são perseguidos, dos que são injuriados.
     Sobretudo, sejamos fortemente cristãos, honestos em nossas atitudes para que, em sentido contrário, não sejamos os causadores dessas perseguições e injustiças com mentiras e infâmias contra nossos irmãos. Se soubermos resistir às maldades e formos  grandiosos no respeito ao próximo,  alegremo-nos, “porque será grande a nossa recompensa nos céus”.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.